Publicado em 18/06/2025 às 12h12.

98,87% das vagas de emprego formal criadas em 2024 foram preenchidas por inscritos do CadÚnico

Das mais de 1,69 milhão de vagas formais geradas, 1,27 milhão (75,5%) delas foram ocupadas por beneficiários do Bolsa Família

Redação
Foto: Otávio Santos/Secom PMS

 

98,87% das vagas de emprego formal, criadas em 2024, foram preenchidas por pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), a base de dados que reúne famílias de baixa renda no Brasil. O percentual é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foi divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento Social.

Segundo matéria do InfoMoney, das mais de 1,69 milhão de vagas formais geradas, 1,27 milhão (75,5%) delas foram ocupadas por beneficiários do Bolsa Família, enquanto 395 mil (23,4%) ficaram com cadastrados que não recebem diretamente o benefício.

Para o ministro Wellington Dias, os números desmontam o preconceito de que beneficiários de programas sociais não querem trabalhar. “O Caged mostra, na prática, que as pessoas do Bolsa Família e do Cadastro Único querem trabalhar, estão empregadas, mas buscam empregos decentes”, afirmou.

Formalização

Um dos principais fatores por trás do crescimento da formalização foi a chamada Regra de Proteção do Bolsa Família, já que pela norma, trabalhadores que ingressam no mercado formal continuam recebendo 50% do valor pelo período de até dois anos, além de complementos específicos para gestantes, crianças e adolescentes.

Em junho de 2025, 3,02 milhões de famílias compõem o grupo de abonados por esta regra. A partir da folha de pagamento de julho, porém, o governo prevê a implementação de ajustes no mecanismo, visando reduzir a fila de espera e priorizar famílias em situação de pobreza extrema, garantindo assim a sustentabilidade do programa.

Dias reforça que assinar a carteira não implica a perda automática do Bolsa Família. “Estamos qualificando o público do programa em vários setores, e os resultados são excelentes”, destacou.

Outra alteração foi a consideração da média de renda dos últimos 12 meses para trabalhadores sazonais — como os do agronegócio — garantindo maior previsibilidade no benefício.

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