Altas do dólar podem afetar mercado de beleza e cuidados em 2025, afirma Boticário
Apesar disso, previsão do grupo é de alcançar a marca de R$ 50 bilhões em vendas brutas até 2028

O Grupo Boticário, que é dono de marcas como O Boticário, Vult, Eudora e Quem Disse Berenice?, planeja alcançar a marca de R$ 50 bilhões em vendas brutas até 2028, o que representaria um salto de 35% sobre os R$ 36,9 bilhões estimados para o faturamento do conglomerado neste ano.
Segundo matéria da Folha de São Paulo, o horizonte, porém, parece um pouco nebuloso em 2025. “Se o preço do dólar se mantiver no patamar de R$ 6, vamos repassar para os produtos e as vendas podem desacelerar”, afirmou o vice-presidente de operações do Grupo Boticário, Sérgio Sampaio, que estima que cerca de 30% dos insumos usados pelo grupo são importados. “O mercado como um todo deve sair de um patamar de 16% de crescimento ao ano para 12%.”
A perfumaria, principal negócio do grupo, é também a maior categoria dentro do mercado de beleza e cuidados pessoais, que deve faturar R$ 171 bilhões este ano no Brasil, segundo estimativa da consultoria Euromonitor International. Desse total, R$ 43 bilhões, o que equivalente a 25%, vêm da perfumaria, um negócio que não parou de crescer nem mesmo na pandemia.
Para Mariana Teixeira, consultora de pesquisa na Euromonitor, a categoria de perfumes é “bem madura” e avançou em “um ritmo de duplo dígito nos últimos dois anos”. Ainda segundo ela, duas vertentes puxam a alta no setor: os itens de preço mais baixo –como os “body splashs” e os “dupes” (alternativas baratas que imitam marcas caras)–, e os produtos intermediários, chamados de “mastige” (mistura de produtos de massa e prestigiados).
Principais responsáveis por alavancar as vendas do grupo, os perfumes acima de R$ 150 do Boticário, conhecidos como “mastige”, “São produtos que trazem um apelo aspiracional e de qualidade, sem grandes incrementos de valor”, diz Mariana. Nesse sentido, as marcas nacionais têm conseguido estabelecer um ambiente de competição com as marcas de entrada do mercado premium, afirma.
Já o crescimento da categoria, que deve encerrar 2024 com uma alta de 9%, se deve, principalmente, pela diversificação de opções do consumidor, que deixou de ter um só perfume para chamar de seu. “Uma parcela maior da população vem ampliando as ocasiões de uso, com a compra de versões mais leves para o dia e uma mais intensa para a noite.”
Sampaio concorda. “As pessoas estão usando três perfumes ao mesmo tempo, um para o dia, outro para a noite, e um terceiro para ocasiões especiais”, afirma. Essa tendência tem sido ainda maior na geração Z (nascidos entre 1995 e 2010). “Eles apresentam um comportamento maior de autocuidado, com uma necessidade maior de novidades. Consomem cerca de 30% mais produtos de beleza do que as gerações anteriores.”
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