Apagão em São Paulo: AGU acionará Enel por dano moral coletivo
Empresa deixou 2,3 milhões no escuro
A Advocacia-Geral da União (AGU) pretende ajuizar uma ação judicial para tentar obrigar a empresa distribuidora de energia elétrica Enel a indenizar a população de São Paulo por prejuízos decorrentes do apagão que deixou cerca de 2,3 milhões de consumidores da região metropolitana da capital paulista no escuro em setembro.
“Ela [Enel] vai ter que pagar caro pelos danos sofridos pela população”, disse o advogado-geral, o ministro Jorge Messias, ao participar, nesta quinta-feira (30), do programa Bom Dia, Ministro, do Canal Gov, e transmitido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
“Estou concluindo uma ação por dano moral coletivo, para que a população de São Paulo seja indenizada por todos os danos causados pela Enel”, revelou Messias, acrescentando ter pedido informações ao Ministério de Minas e Energia, à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e à Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor para embasar a ação judicial.
Ao mencionar que o fornecimento de energia elétrica para parte da região metropolitana de São Paulo já tinha sido interrompido em outras ocasiões recentes, como em março deste ano, quando cerca de 2,1 milhões de consumidores foram prejudicados, Messias disse que a Enel “já mostrou sua incompetência várias vezes”.
“O caso da Enel é gravíssimo. É prioritário para o governo federal”, acrescentou, assegurando que o governo federal vem cobrando que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – responsável por regular o setor elétrico brasileiro – cumpra seu papel e fiscalize a atuação da Enel.
“É inadmissível […] [Quase] toda a população [da região metropolitana] de São Paulo ficou submetida à incompetência e ineficiência desta empresa privada, concessionária de um serviço público essencial, regulado pela Aneel, que tem diretores com mandato e autonomia [para, entre outras atribuições, regular a geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica]”, acrescentou o ministro.
Crimes ambientais
O advogado-geral da União também defendeu o endurecimento das penas para quem comete crimes ambientais no Brasil. No último dia 15, o governo federal entregou ao Congresso Nacional projeto de lei que propõe que penalidade para quem comete delitos como atear fogo em vegetação passe de quatro para seis anos e que as eventuais punições sejam inicialmente cumpridas em regime fechado.
“Do ponto de vista penal, as queimadas, por exemplo, têm, hoje, penas muito baixas. O que acaba desestimulando as pessoas a cumprirem com suas obrigações ambientais. Daí termos construído uma proposta de lei que o presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] apresentou ao Congresso Nacional para aumentar as penas desses infratores ambientais”, assegurou Messias, alegando que a legislação hoje em vigor é de um tempo em que a sociedade ainda não tinha o atual “grau de preocupação ambiental”, nem a consciência da gravidade das mudanças climáticas.
Mais notícias
-
Economia
16h57 de 31 de outubro de 2024
Consumo nos supermercados cresce 2,52% no acumulado do ano
Em setembro, houve alta de 0,95% em relação a igual mês de 2023
-
Economia
16h22 de 31 de outubro de 2024
Disney processa ex-funcionário por hackear seus cardápios digitais na Flórida
Mas defesa do acusado afirma que autora do processo é a Disney
-
Economia
16h08 de 31 de outubro de 2024
Maioria dos trabalhadores leva marmita para o trabalho, diz estudo
Pesquisa foi realizada com 816 pessoas de todas as regiões do país
-
Economia
15h40 de 31 de outubro de 2024
JBS: o que os resultados da PPC revelam sobre o frigorífico no 3º trimestre
Ebitda ajustado totalizou US$ 660 milhões no 3T24, 4% abaixo das projeções do BBI
-
Economia
15h20 de 31 de outubro de 2024
Bahia está entre estados com melhores oportunidades, avalia secretário estadual da Fazenda
O secretário Manoel Vitório apresentou os dados em palestra a convite da Amcham, no Hotel Fasano, na última quarta-feira (30)
-
Economia
14h40 de 31 de outubro de 2024
Com baixa nas exportações, manga sobra no mercado interno e preços despencam na Bahia
Na semana passada, a variedade Palmer foi comercializada a apenas R$ 0,90/kg, enquanto a Tommy atingiu R$ 0,62/kg, representando quedas de até 30% em relação à semana anterior
-
Economia
13h25 de 31 de outubro de 2024
Ibovespa acompanha queda em NY após dados de inflação dos EUA
Índice de inflação do PCE e pedidos de seguro-desemprego divulgados mostraram uma economia ainda aquecida
-
Economia
13h08 de 31 de outubro de 2024
Dólar hoje opera em alta e acima de R$ 5,76 com atenção à inflação PCE nos EUA
Investidores se posicionam para disputa da Ptax de fim de mês mais tarde
-
Economia
09h30 de 31 de outubro de 2024
Governo e Casa Civil chegam a consenso, e corte de gastos deve ser feito por meio de PEC, diz jornal
Embora os detalhes específicos, o prazo de apresentação e o impacto fiscal ainda não tenham sido divulgados, as medidas já estão sob análise no setor jurídico