Publicado em 27/11/2024 às 19h28.

Apesar do saldo negativo em outubro, Bahia contabiliza 96.072 novas vagas no ano

No Nordeste, com exceção da Bahia, todos os estados registraram alta no emprego formal

Redação
Foto: Gov.br

 

Em outubro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, a Bahia eliminou 579 postos com carteira assinada (diferença entre 82.210 admissões e 82.789 desligamentos). Trata-se do primeiro saldo negativo do ano. Os dados foram sistematizados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

O saldo de outubro se revelou inferior tanto ao de setembro (+15.150 postos) quanto ao de outubro do ano passado (+5.809 postos). A Bahia, dessa forma, passou a contar com 2.148.367 vínculos celetistas ativos, uma variação negativa de 0,03% sobre o quantitativo do mês anterior.

Na Bahia, em outubro, três das cinco grandes atividades registraram saldo positivo. O segmento de Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (+1.731 vagas) foi o que mais gerou postos. Em seguida vieram Serviços (+532 postos) e Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+16 vagas). Os setores de Construção (-1.913 empregos) e Indústria geral (-943 vínculos), portanto, foram os que apresentaram perda líquida de postos, sendo os responsáveis pelo saldo negativo do mês.

No mês, o Brasil computou um saldo de 132.714 vagas e o Nordeste registrou 18.345 novos postos – variações de 0,28% e 0,23% sobre o estoque do mês anterior, respectivamente. A Bahia (-0,03%), portanto, exibiu uma variação relativa de sentido contrário às do país e da região nordestina.

Das 27 unidades federativas, houve crescimento do emprego celetista em 24 delas em outubro. A Bahia exibiu o menor saldo do país. Em termos relativos, a unidade baiana também se situou na última posição.

No Nordeste, com exceção da Bahia, todos os estados experimentaram alta do emprego formal. O maior saldo da região foi registrado em Pernambuco, com 5.010 novos postos. Em termos relativos, o destaque foi Alagoas, com variação de 0,74%.

No agregado do ano, a Bahia preencheu 96.072 novas vagas – aumento de 4,68% em relação ao total de vínculos do começo do ano.

Segundo o especialista em produção de informações econômicas, sociais e geoambientais da SEI, Luiz Fernando Lobo, “a despeito da leve perda de postos observada em outubro, a geração de postos de trabalho com registro em carteira na Bahia continua surpreendendo em 2024, visto que o saldo acumulado de janeiro a outubro deste ano, com pouco mais de 96 mil novos postos, supera o resultado para o mesmo conjunto de meses do ano passado, quando 82.634 novos vínculos empregatícios foram estabelecidos – quase 13.500 novos postos a mais”.

De janeiro a outubro, todos os grandes grupamentos registraram resultado positivo. O setor de Serviços (+55.637 vagas) foi o de maior saldo. Em seguida, Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (+15.613 vagas), Indústria geral (+14.820 vínculos), Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+6.736 empregos) e Construção (+3.267 empregos) também foram responsáveis pelo surgimento de vagas.

O crescimento do emprego também foi observado no Brasil e no Nordeste no ano, com 2.117.473 e 357.793 novas vagas, respectivamente – altas de 4,65% e 4,70% em relação ao quantitativo do início de 2024. A Bahia (+4,68%), dessa forma, exibiu um crescimento relativo maior do que o do país e menor do que o do Nordeste.

Todas as unidades federativas contaram com aumento de empregos celetistas no acumulado deste ano. A Bahia exibiu o sexto maior saldo agregado do país e o maior do Nordeste. Em termos relativos, a Bahia se posicionou na 16ª colocação no país e na sexta posição na região nordestina.

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