Publicado em 14/02/2024 às 15h58.

Após dados de inflação dos EUA, dólar sobe na volta do Carnaval

Investidores repercutem dados de inflação norte-americanos

Redação
Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil

 

O dólar subia ligeiramente frente ao real nos primeiros negócios desta sessão, que começou mais tarde em razão da Quarta-Feira de Cinzas, com investidores repercutindo dados norte-americanos de inflação mais fortes do que o esperado, publicados quando o mercado brasileiro estava fechado para o Carnaval, segundo publicação do portal InfoMoney.

Com muitos participantes do mercado estendendo o feriado do Carnaval e em sessão de horário reduzido, operadores alertavam nesta quarta-feira para a tendência de liquidez muito reduzida, enquanto o mercado refletia tardiamente as notícias globais que saíram na segunda e na terça.

Entre elas, o destaque ficava para dados da véspera que mostraram que o índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos avançou 3,1% em janeiro na base anual, contra expectativa de alta de 2,9%.

Os dados levaram operadores a diminuir suas expectativas para o momento e a escala dos cortes de juros pelo Federal Reserve este ano, com o mercado praticamente descartando as chances de um início do afrouxamento monetário em março e reduzindo as apostas em um corte em maio.

“O índice de preços ao consumidor de ontem (terça-feira) está em linha com o adiamento pelo Fed para junho de seu primeiro corte de juros, em linha com a visão do Citi”, disseram analistas do banco norte-americano em relatório a clientes.

“Não acreditamos que o mercado descartará (um corte em) junho, dada a quantidade de dados que ainda faltam entre agora e então, mas ainda poderemos ver uma redução adicional para maio, e talvez menos de 100% para junho”, acrescentaram os economistas do Citi, notando que o dólar tipicamente se fortalece globalmente após liquidações de títulos norte-americanos provocadas por dados de inflação.

Na véspera, o rendimento do Treasury de dez anos, que se move de forma inversa a seu preço, saltou em reação aos dados de inflação dos EUA. No entanto, apesar da tendência de fortalecimento da divisa norte-americana, moedas emergentes de carrego elevado cesta que inclui o real continuam com bom desempenho na média nos últimos tempos, disse o Citi.

O carrego de uma moeda é o retorno que ela pode oferecer em estratégias de “carry trade”, que consistem na tomada de empréstimos em país de juros baixos e aplicação desses recursos em um mercado mais rentável.

Na última sessão, na sexta-feira (9), o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9595 reais na venda, em baixa de 0,72%.

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