Publicado em 24/01/2019 às 21h20.

Após repercussão, BC cogita reincluir parentes políticos em monitoramento

Retirada de familiares da lista causou reação negativa e foi criticada por Sergio Moro

Redação
Foto: Rahel Patrasso/Xinhua
Foto: Rahel Patrasso/Xinhua

 

Após anunciar que iria retirar parentes de políticos da lista de vigilância obrigatória dos bancos em ações para coibir a lavagem de dinheiro, o Banco Central já cogita voltar atrás.

Isso porque a medida repercutiu negativamente nesta quinta-feira (24). “O Banco Central irá avaliar no bojo da consulta pública colocar a menção explícita a ‘parentes’ na relação de Pessoas Politicamente Expostas (PEP)”, informou, por meio de nota.

“Não é objetivo do Banco Central afrouxar nenhum controle. A proposta colocada em consulta pública continua obrigando os bancos a monitorarem transações suspeitas de parentes de Pessoas Politicamente Expostas (PPE), mas podemos mencionar de forma explicita.”

Segundo a Folha, o BC está revisando as normas que os bancos devem seguir na prevenção à lavagem de dinheiro. Em proposta levada à consulta pública, a autoridade retirou os parentes de políticos da lista de monitoramento obrigatório dos bancos.

Pelas regras em vigor, políticos e autoridades do setor público, como magistrados da alta corte, têm vigilância reforçada, assim como seus parentes de primeiro grau –pais, filhos, cônjuge e enteados. Eles integram o grupo chamado PEP (pessoas expostas politicamente).O objetivo é coibir eventual lavagem de dinheiro que teve origem em desvio de recursos do Estado.

A retirada dos parentes do PEP provocou reação negativa de integrantes do Ministério Público, da Polícia Federal e também do ministro Sergio Moro (Justiça).

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