Após subir 15% em fevereiro, ação das Casas Bahia estende alta
Processo de reperfilamento ainda está sujeito a negociações e aprovações finais por parte dos credores envolvidos
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As ações do Grupo Casas Bahia (BHIA3) subiram na sessão desta sexta-feira (1º), primeira do mês, seguindo o movimento de recuperação em fevereiro (quando avançou 14,58%), em meio às notícias de alongamento das dívidas. Às 10h20 (horário de Brasília), os papéis subiam 3,98%, a R$ 9,40, de acordo com informações do portal InfoMoney.
O grupo varejista anunciou na noite da véspera reperfilamento de dívida totalizando R$ 1,5 bilhão que, de outra forma, venceria entre 2024 e 2025. Com base nos termos renegociados anunciados, essa dívida, que tem custo de CDI + 4%, terá novo prazo de 3 anos e carência de 18 meses, seguida de amortizações trimestrais de principal de 5%, além de 70% pagamento no 36º mês.
Conforme aponta o Bradesco BBI, de forma geral, a dívida total e as despesas com juros da empresa permanecerão praticamente as mesmas, sendo que o alívio vem do adiamento da amortização do principal (ou seja, a dívida com vencimento em 24 meses cai para R$ 1,8 bilhão, de R$ 3,1 bilhões, após os novos termos).
A empresa também divulgou sua posição preliminar e não auditada de caixa + cartões e outras contas a receber para o ano de 2023 de R$ 3,6 bilhões e os vencimentos pré-reperfilamento para 2024 e 2025 (de R$ 3,1 bilhões) e pós-reperfilamento (de R$ 1,8 bilhão). Com o reperfilamento, o Grupo Casas Bahia passa de 59% de sua dívida bruta com vencimento em 2024 para 31% com vencimento no mesmo período.
Na visão do BBI, a notícia é positiva, pois esta mudança traz alívio aos fluxos de caixa de curto prazo da Casas Bahia e diminui, até certo ponto, as preocupações com a liquidez de curto prazo. A prorrogação do vencimento da dívida de curto prazo foi um fator chave para o Grupo Casas Bahia. A empresa também poderá renovar seu potencial de financiamento, ou até mesmo acelerar o plano FIDC para financiar a iniciativa Compre Agora, Pague Depois (o Crediário).
“Além disso, também pensamos que a gestão agora ganha mais terreno para permitir um maior foco e mais esforço na execução do seu plano de transformação sem a distração de resgates significativos de dinheiro que acontecem no curto prazo. Dito isso, gostamos desta medida de gestão de passivos e esperamos ver a evolução dos fundamentos da empresa em função da execução do seu plano de recuperação”, aponta o banco que, por enquanto, tem recomendação apenas neutra para BHIA3, com preço-alvo de R$ 12 (ainda uma alta de 33% frente o fechamento da véspera).
A Genial também aponta que, com o reperfilamento, a varejista melhora sua liquidez e afastando especulações sobre recuperação judicial. Além disso, ressalta que a sua posição de caixa preliminar ao final de 2023 mostrou um aumento significativo de R$ 800 milhões do que no terceiro trimestre, apontou a casa de análise.
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