Publicado em 07/02/2025 às 12h55.

Após sugerir boicote a alimentos caros, Lula repete que 2025 será ‘ano da colheita’

Em agenda no interior da Bahia, presidente reagiu a críticas da oposição ao afirmar que derrotará fake news contra seu goveno

Alexandre Santos
Imagem: Reprodução/CanalGov

 

O presidente Lula (PT) voltou a repetir o discurso de que 2025 será o ano da “colheita” e defendeu os rumos da economia do seu governo, cuja popularidade vem sendo afetada pela inflação dos alimentos, em meio a esforços de sua equipe para melhorar a imagem da atual gestão.

“Eu tenho dito pra todo mundo no brasil: 2025 será o ano da colheita. Colher tudo que nós plantamos em 2023 e 2024. E vocês vão ver que a colheita será farta não apenas no agronegócio, mas nas políticas públicas de interesse do povo brasileiro. Porque na verdade, na verdade, na verdade, nós queremos que o Brasil seja do povo brasileiro”, disse o presidente.

Alvo da oposição após sugerir aos brasileiros não comprem alimentos caros, Lula deu as declarações nesta sexta-feira (7), durante a entrega de obras em cidades do sudoeste da Bahia.

“Esse é o ano da gente colher e fortalecer a democracia. Nós vamos derrotar a mentira. Nós vamos derrotar a farsa. Nós vamos derrotar a fake news, porque é isso que nós queremos discutir com o povo brasileiro: a melhoria da qualidade de vida do povo e democracia cada vez mais forte”, emendou o petista, ao lado do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e de ministros.

Na quinta-feira (6), em entrevista às rádios Metropole e Sociedade, Lula defendeu o boicote como forma de conter a alta dos alimentos. Ele disse que a medida deve ser um processo “educacional” que deve partir da população.

“Eu tenho dito sempre o seguinte nas reuniões que eu tenho feito: uma das coisas mais importantes para que a gente possa controlar o preço é o próprio povo. Se você vai no supermercado aí em Salvador, e você desconfia que tal produto está caro, você não compra. Ora, se todo mundo tivesse a consciência e não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, porque senão vai estragar”, disse o presidente.

Pesquisa recente da Quaest aponta que oito em cada dez entrevistados disseram ter percebido aumento nos valores dos alimentos no último mês. Além disso, o Banco Central (BC), sob a presidência de Gabriel Galípolo, alertou, na última terça-feira (4), que a meta da inflação será descumprida devido ao mercado de trabalho mais forte e também por causa do choque temporário de preço dos alimentos.

Tambem em entrevista à rádio Metropole, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a expectativa do governo é uma supersafra ainda neste primeiro semestre ajude a reduzir o impacto no bolso do consumidor.

“Este ano, a expectativa é de uma supersafra. O clima está ajudando e, ao longo deste primeiro semestre, teremos a colheita. Todos os dados indicam que teremos uma supersafra, o que resultará na queda do preço dos alimentos. Portanto, a expectativa é positiva”, disse o ministro.

 

 

 

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