Apple prevê impulso nas vendas de iPhones com novos recursos de IA
Tim Cook, CEO da empresa, diz que os próximos recursos da Apple Intelligence fornecerão um motivo para os clientes comprarem novos smartphones
A Apple (AAPL) prevê que seus novos recursos de inteligência artificial estimularão as trocas por modelos mais novos do iPhone nos próximos meses, ajudando a empresa a se reerguer de uma desaceleração nas vendas que afetou especialmente os negócios na China, de acordo com informações do portal Bloomberg Línea.
Em uma teleconferência na quinta-feira (1º) para discutir os resultados do terceiro trimestre, o CEO Tim Cook disse que os próximos recursos da Apple Intelligence fornecerão um novo motivo para os clientes comprarem novos smartphones.
“Será um momento muito importante para um ciclo de atualização atraente”, disse ele aos analistas durante a teleconferência.
Os comentários foram feitos após a divulgação de resultados do terceiro trimestre fiscal da empresa, que foram prejudicados pelas vendas fracas na China. A Apple retornou ao crescimento da receita no período, que terminou em 29 de junho, com um aumento de 5% para US$ 85,8 bilhões. O valor superou a estimativa dos analistas de US$ 84,5 bilhões.
Entretanto, as vendas da China caíram 6,5%, para US$ 14,7 bilhões, abaixo da projeção de US$ 15,3 bilhões de analistas de Wall Street.
As ações da Apple subiam 2,87% em Nova York por volta das 13h50, no horário de Brasília. Os papéis tinham ganho acumulado de 13% este ano até o fechamento de quinta-feira, impulsionadas pela esperança dos investidores de que a nova tecnologia de inteligência artificial ajudaria a impulsionar as vendas.
Os resultados da China reacenderam os temores de que a Apple esteja perdendo terreno em um de seus mais importantes mercados fora dos EUA. A empresa enfrenta a concorrência mais acirrada no país, e o governo chinês tem restringido o uso de tecnologia estrangeira em alguns locais de trabalho. O crescimento econômico da China também piorou.
A Apple atribuiu grande parte do declínio ao impacto da valorização do dólar, dizendo que os negócios subjacentes na China estão, na verdade, mais saudáveis do que antes. Há três meses, os executivos afirmaram que a desaceleração não tinha tanto a ver com o baixo desempenho do iPhone e, sim, com as vendas fracas de outros produtos.
“Sabemos que é um mercado de smartphones muito competitivo, mas achamos que estamos nos saindo muito bem no contexto da economia em geral”, pontuou o diretor financeiro Luca Maestri a Emily Chang, da Bloomberg Television.
Cook afirmou durante a teleconferência que a Apple ainda tem fé no mercado. “Não sei como está cada capítulo do livro, mas estamos muito confiantes no longo prazo”, disse ele.
A empresa disse que as vendas totais no trimestre até setembro crescerão em um nível semelhante às do período anterior, o que implica um aumento de cerca de 5%. Wall Street projetou um aumento de 4%. Os serviços serão um destaque no período, com um avanço de dois dígitos, disseram os executivos.
Os lucros totalizaram US$ 1,40 por ação no terceiro trimestre, superando os US$ 1,35 estimados pelos analistas. O período que se encerra em junho é normalmente um dos mais lentos da Apple, pois ocorre em um momento em que muitos clientes aguardam a chegada do próximo iPhone.
As vendas do principal produto da Apple, o iPhone, somaram US$ 39,3 bilhões. Embora o número tenha caído ligeiramente em relação ao ano anterior, ele superou as expectativas de Wall Street. Três meses atrás, a empresa se recusou a prever a receita do iPhone para o período de junho — um sinal de que ainda estava insegura sobre o instável mercado de smartphones.
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