Publicado em 14/10/2024 às 14h42.

Assaí: ações saltam após Receita cancelar arrolamento bilionário

Na visão do JPMorgan, no geral, essa notícia deve ajudar diminuir preocupações dos investidores

Redação
Foto: assessoria/ Assaí

 

As ações do atacarejo Assaí (ASAI3) sobem forte com novos desdobramentos sobre os litígios fiscais da companhia. Às 11h (horário desta segunda-feira (14), os papéis ASAI3 subiram 5,21%, a R$ 7,07, de acordo com informações do portal InfoMoney.

Na semana passada, o Assaí relatou que a Receita Federal do Brasil aceitou seu recurso administrativo e cancelou o “arrolamento” de cerca de R$ 1,3 bilhão em ativos da companhia por contingências do GPA (PCAR3).

Ainda segundo o Assaí, o GPA “reconheceu ser responsável” por suas próprias contingências e “deverá indenizar” e “manter o Assaí indene” por qualquer prejuízo decorrente disso.

Quando houve o arrolamento, o Assaí explicou, em fato relevante em 29 de setembro, que, em decorrência de uma cisão ocorrida em 31 de dezembro de 2020, tornou-se uma entidade independente. “Conforme os acordos firmados, não há solidariedade em relação a passivos anteriores à cisão”, disse, à época.

Na visão do JPMorgan, no geral, essa notícia deve ajudar a diminuir as preocupações dos investidores de que a listagem dos ativos do Assaí levaria a uma decisão potencialmente negativa em torno das contingências fiscais de até R$ 13 bilhões que pertencem principalmente ao GPA.

“Ainda assim, apesar do contrato entre Assaí e GPA estabelecer que cada uma seria responsável por suas próprias contingências do período pré-cisão, de acordo com a lei tributária brasileira, ambas as entidades são solidariamente responsáveis por elas. Portanto, se o GPA não pagasse por suas próprias contingências pré-cisão, o Assaí terá que cobri-las, e vice-versa”, pontuou o banco.

Para o banco, embora o balanço patrimonial atual do GPA e as perspectivas de fluxo de caixa livre sugiram que ela possa não ser capaz de cobrir totalmente essas contingências potenciais se os valores envolvidos forem substanciais, essas discussões fiscais provavelmente ficarão por muito tempo.

Além disso, se as contingências fiscais forem eventualmente colocadas, há potencial para descontos e financiamento. O JPMorgan segue neutro para as ações do Assaí.

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