Publicado em 28/10/2024 às 12h18.

Azul chega a acordo com detentores de dívidas da empresa e receberá R$ 2,28 bi em financiamento

Companhia pode receber ainda, mais R$ 570,69 milhões, caso consiga melhorar seu fluxo de caixa e reduzir seus custos por ano

Redação
Foto: Divulgação/Vinci

 

A companhia aérea Azul chegou a um acordo nesta segunda-feira (28) com detentores de títulos de dívida para obter financiamento adicional. A medida faz parte de uma reestruturação da empresa que busca aliviar as preocupações de investidores sobre sua situação financeira.

Segundo matéria da Folha de São Paulo, a empresa, que domina o setor aéreo brasileiro junto a Latam e Gol, conseguiu evitar o destino de diversas outras companhias aéreas latino-americanas que entraram com pedido de falência após a pandemia de Covid-19, incluindo suas duas principais rivais.

Uma das condições recentemente adicionadas ao acordo da Azul com os arrendadores era justamente o capital novo, já que a empresa visava se desfazer de quase US$ 550 milhões (R$ 3,14 bilhões) em dívidas em troca de uma participação acionária de cerca de 20% na empresa. Para analistas, esse acordo é considerado fundamental para fortalecer a posição de caixa da companhia aérea.

Pelo acordo com os detentores de títulos, a companhia aérea receberá US$ 150 milhões (R$ 855,88 milhões) esta semana e outros US$ 250 milhões (R$ 1,43 bilhão) até o final do ano, totalizando os US$ 400 milhões (R$ 2,28 bilhões) almejados. O valor, porém, não é definitivo, afirma a Azul, já que o acordo ainda pode incluir outros US$ 100 milhões (R$ 570,69 milhões) em financiamento e uma possível troca de dívida por ações no valor de até US$ 800 milhões (R$ 4,56 bilhões), caso a empresa consiga melhorar seu fluxo de caixa e reduzir seus custos em cerca de US$ 100 milhões por ano.

“Isso é uma coisa muito bacana, porque vai fazer uma desalavancagem muito rápida da Azul”. “Essa é uma opção que agora eu tenho, e estou super confiante que eu vou pegar”, disse o presidente-executivo da companhia aérea, John Rodgerson. Ele destacou ainda que entre as formas de a Azul atingir a redução de custos proposta estão negociações com arrendadores e fabricantes como Embraer, Airbus, GE e Pratt & Whitney, da RTX.

Rodgerson reconheceu, porém, que os acordos implicam uma diluição de capital, mas minimizou preocupações. “Claro que vai ter diluição, mas em uma empresa muito mais forte… É muito melhor que eu tenha um pedaço menor de um bolo bem maior”, afirmou.

A empresa confirmou também a inclusão de outro acordo, visando melhorar o fluxo de caixa em US$ 150 milhões por meio da redução de certas obrigações com arrendadores e fabricantes de equipamentos nos próximos 18 meses.

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