Bahia bate recordes em abate bovino e produção de ovos em 2024
O estado também registra crescimento no abate de frangos e suínos, além de alta na produção de leite

Em 2024, a Bahia teve o maior número de bovinos abatidos nos 29 anos de série histórica do IBGE (iniciada em 1997), e a produção de ovos bateu o recorde de 2023, tornando-se a mais expressiva em 24 anos de série (iniciada em 2001).
No ano passado, o abate bovino no estado teve o terceiro crescimento consecutivo e chegou a 1.412.864 animais, 15,5% a mais do que em 2023 (+189.487 cabeças). Com isso, a Bahia bateu o recorde de número de bovinos abatidos, ficando 2,9% acima (+40.169 animais) da marca anterior, registrada em 2014.
No Brasil, em 2024, o abate de bovinos registrou alta de 15,2% e chegou a 39,27 milhões de cabeças abatidas, 5,17 milhões a mais do que em 2023, também o maior resultado na série histórica da pesquisa.
Nacionalmente, o aumento do abate foi acompanhado de exportações recordes de carne bovina in natura (2,55 milhões de toneladas), registradas pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), e pela estabilidade no preço médio da arroba (Cepea/Esalq).
Mato Grosso continuou líder no abate de bovinos em 2024, com 18,1% de participação no total nacional. A Bahia manteve os 3,6% já registrados em 2023, mas subiu da 11ª para a 10ª posição entre os estados.
Já a produção baiana de ovos de galinha cresceu pelo quinto ano consecutivo, entre 2023 e 2024 (+7,4% ou mais 6,097 milhões de dúzias), ficando em 88,519 milhões de dúzias – também o maior quantitativo nos 24 anos de série histórica (desde 2001).
A produção brasileira de ovos de galinha em 2024 foi de 4,67 bilhões de dúzias, um aumento de 10,0% em relação ao ano anterior. O total da produção anual é um recorde na série histórica da pesquisa, iniciada, no país como um todo, em 1987.
Responsável por 26,0% do total, São Paulo liderou a produção de ovos de galinha no país. A Bahia, apesar do recorde, caiu da 11ª para a 12ª colocação entre os estados, respondendo, em 2024, por 1,9% do total, ligeiramente menos do que em 2023 e 2022 (2,0% em ambos os anos).
Em 2024, abates de frangos (+1,8%) e suínos (+1,8%) voltaram a crescer, após queda em 2023, e a produção de leite (+5,4%) teve o segundo ano de alta.
Além dos recordes no abate bovino e produção de ovos, a Bahia também teve, em 2024, resultados positivos nos abates de frangos e suínos e na produção de leite.
Foram abatidos 130.923.246 frangos no estado, no ano passado, 1,8% a mais do que em 2023 (mais 2,327 milhões de animais de um ano para outro). O avanço veio após uma queda em 2023, mas, ainda assim, o total de frangos abatidos em 2024, na Bahia, foi 5,5% menor (-7,640 milhões) do que o recorde para o estado, de 138,563 milhões de animais abatidos em 2022.
No Brasil, o abate de frangos alcançou 6,46 bilhões de cabeças em 2024 e foi 2,7% maior em relação a 2023, representando um novo recorde na série histórica. Foram abatidas 172,73 milhões de cabeças de frangos a mais, com aumentos em 19 das 25 unidades da Federação que participam da pesquisa.
O Paraná continuou líder no abate de frangos, com 34,2% do total nacional em 2024. A produção baiana se manteve a 9ª maior, representando 2,0% da brasileira, mesma participação de 2023.
O abate de suínos também voltou a crescer em 2024, quando foram abatidos 297.815 animais na Bahia, em uma alta de 1,8% (mais 5.295 cabeças) frente a 2023. Semelhante ao que ocorreu com os frangos, o avanço do abate suíno no estado veio após uma queda em 2023 e ainda ficou 3,6% abaixo (-10.986 cabeças) do que o recorde, de 308.801 animais abatidos, em 2022.
No Brasil, o abate de suínos chegou a 57,86 milhões de cabeças em 2024, também um novo recorde na série histórica. Foram 684,24 mil animais abatidos a mais do que em 2023, com altas em 14 das 25 unidades da Federação participantes da pesquisa.
Santa Catarina manteve a liderança no abate de suínos em 2024, com 29,1% do total nacional, seguida por Paraná (21,5%) e Rio Grande do Sul (17,1%). A Bahia continuou na 10ª posição, com 0,5%, mesmo percentual que em 2023 e 2022.
Em 2024, a produção de leite cresceu pelo segundo ano consecutivo, na Bahia. Foram adquiridos 578,046 milhões de litros pelos estabelecimentos de laticínios sob algum tipo de inspeção sanitária no estado, 5,4% a mais do que em 2023 (mais 29,849 milhões de litros). Ainda assim, o número de 2024 está 2,9% abaixo (menos 17,095 milhões de litros) do recorde do estado, registrado em 2021 (595,141 milhões de litros).
No país como um todo, os laticínios sob algum tipo de inspeção sanitária captaram 25,38 bilhões de litros em 2024, 3,1% mais do que em 2023. Também foi o segundo ano de crescimento na aquisição de leite, cujo volume foi o segundo maior na série histórica, que teve seu ápice em 2020, com 25,64 bilhões de litros.
A Bahia respondeu, em 2024, por 2,3% de todo o leite adquirido no país. Aumentou um pouco sua participação frente aos 2,2% de 2023, voltando ao patamar de 2022 e subindo da 8ª para 7ª posição entre os estados produtores. Minas Gerais manteve a liderança histórica, com 24,9% do leite adquirido no Brasil.
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