Banco Central diz que taxa média de juros permaneceu estável em junho
Endividamento das famílias bate recorde de 58,5% em abril

A taxa média de juros das operações contratadas em junho deste ano permaneceu estável no mês em 19,9% ao ano, com aumento de 0,4 ponto percentual em doze meses. Os dados são das Estatísticas Monetárias e de Crédito, divulgadas nesta quarta (28), pelo Banco Central (BC).

Para as famílias, a taxa média de juros no crédito livre está em 39,9% ao ano, mesmo índice registrado em maio. Na comparação em 12 meses, houve redução de 1,5 pontos percentuais nessa taxa. Nas contratações com empresas, a taxa livre alcançou 14,5% ao ano em junho, variação negativa de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior. Em 12 meses, houve aumento de 1,5 pontos percentuais nos juros às empresas.
A queda dos juros bancários médios ocorre mesmo em momento de aumento da taxa básica de juros da economia. Depois de chegar ao menor nível da história no mês de agosto do ano passado, em 2% ao ano, a taxa Selic começou a subir somente em março deste ano, quando avançou para 2,75% ao ano e, no início de maio, foi elevada para 3,5% ao ano. Em junho, subiu para 4,25% ao ano.
No mês, a taxa do cheque especial para as pessoas físicas subiu 2,7 pontos percentuais, chegando a 125,6% ao ano em junho.
Em contrapartida, os juros do rotativo do cartão de crédito cobrados pelos bancos tiveram redução de 2,2 pontos percentuais no mês, alcançando 327,5% ao ano. O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão e dura 30 dias. Após o prazo, as instituições financeiras parcelam a dívida. Nesse caso, no cartão parcelado, houve queda de 0,3 ponto percentual, com a taxa de juros ficando em 164,1% ao ano.
Os juros do crédito pessoal consignado também caíram 0,2 ponto percentual no mês para 18,7% ao ano. Nos empréstimos não-consignados a taxa ficou em 82,4% ao ano em junho, redução de 0,7 ponto percentual em relação a maio.
De acordo com o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, a grande diferença entre as taxas do consignado e não-consignado se deve ao menor nível de garantias sobre o crédito não-consignado. No caso do consignado, a amortização da dívida é deduzida diretamente na folha de pagamento, então os juros ficam menores.
Mais notícias
-
Economia16h51 de 30/12/2025
Receita Federal paga lote residual de restituição do IR de dezembro
O lote é composto por 263.255 restituições destinadas a contribuintes prioritários e não prioritários
-
Economia13h36 de 30/12/2025
Contas públicas registram déficit de R$ 14,4 bilhões em novembro
Estatais apresentam déficit de R$ 2,9 bilhões, enquanto governos regionais têm superávit de R$ 5,3 bilhões
-
Economia12h14 de 30/12/2025
Dólar opera em forte queda na última sessão do ano
Dados sobre desemprego no Brasil e ata da última reunião do Fed no ano também movimentam o mercado
-
Economia07h50 de 29/12/2025
Caixa inicia novo pagamento de saque-aniversário do FGTS para trabalhadores
Liberação contempla demitidos sem justa causa entre 2020 e 2025 e ocorre em duas etapas
-
Economia20h40 de 28/12/2025
Justiça libera R$ 2,3 bilhões em atrasados do INSS; saiba quem recebe
Ao todo, 236.603 pessoas terão os valores liberados
-
Economia17h25 de 27/12/2025
Novo salário mínimo deve injetar R$ 81,7 bilhões na economia; entenda
Piso nacional de R$ 1.621 entra em vigor em janeiro e começa a ser pago em fevereiro
-
Economia15h50 de 24/12/2025
Decreto oficializa reajuste do salário mínimo a partir de 2026; confira valor
Reajuste de R$ 103 acima do valor atual segue nova política de valorização e impacta benefícios e contas públicas
-
Economia13h36 de 23/12/2025
Inflação sobe em dezembro na Região Metropolitana de Salvador
Alta foi de 0,41% no mês, mas índice acumulado de 2025 ficou em 3,81%, sendo um dos menores do país
-
Economia12h27 de 23/12/2025
Prévia da inflação de 2025 fica em 0,25% e atinge meta do governo
É o segundo mês seguido com inflação acumulada dentro da margem de tolerância
-
Economia10h15 de 23/12/2025
Dólar opera em alta nesta terça (23), ampliando ganhos da véspera
Investidores repercutem dados da inflação no Brasil e aguardam entrevista do ex-presidente condenado Jair Bolsonaro (PL)









