Publicado em 19/05/2025 às 11h36.

Banco Central manterá juros altos para conter inflação, afirma Galípolo

Presidente do BC destaca cenário inflacionário e incertezas globais como razões para política monetária restritiva

Redação
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

 

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta segunda-feira (19) que a autoridade monetária manterá os juros altos pelo tempo necessário para levar a inflação à meta, mesmo diante de críticas. Ele participou de um evento do Goldman Sachs, em São Paulo, que também contou com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Galípolo defendeu a elevação da Selic, atualmente em 14,75% ao ano, maior nível desde 2006. Segundo ele, o cenário atual — com inflação acumulada de 17% em alimentos e mercado de trabalho resiliente — justifica a medida. Para o presidente do BC, é normal surgirem críticas, mas a prioridade é o cumprimento da meta de inflação, fixada em 3% pelo Conselho Monetário Nacional (com tolerância entre 1,5% e 4,5%).

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado nesta segunda, mostrou crescimento de 1,3% da economia brasileira no primeiro trimestre, após alta de 0,5% no trimestre anterior. Para Galípolo, esse dinamismo justifica a manutenção dos juros em patamar contracionista.

Ele também comentou as dificuldades globais causadas pelas tarifas comerciais dos EUA e destacou que o Brasil, por ter características próprias, adota uma política monetária distinta de outros países. A comunicação do BC, segundo ele, tem buscado ser cautelosa e flexível diante de tantas incertezas.

Por fim, Galípolo reforçou: “Vamos colocar a taxa de juros no nível necessário, pelo tempo que for preciso, para alcançar a meta de inflação. Não há espaço para flexibilização nesse objetivo.”

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