Publicado em 08/10/2024 às 14h55.

Banco Central não deveria votar meta de inflação, diz Gabriel Galípolo

“Eu sou daqueles que defende que o Banco Central não deveria nem votar na meta de inflação dentro do CMN [Conselho Monetário Nacional]”, afirma indicado por Lula

Redação
Foto: Pedro França/Agência Senado

 

O economista Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o comando do Banco Central (BC), disse, nesta terça-feira (8), que a autoridade monetária não deveria participar da definição da meta da inflação. Galípolo considera “estranho” que o BC defina um objetivo que terá de ser cumprido. A informação é de uma matéria do Metrópoles.

“Eu sou daqueles que defende que o Banco Central não deveria nem votar na meta de inflação dentro do CMN [Conselho Monetário Nacional]. Pensando numa corporação, numa empresa, é muito estranho que quem vai ter de perseguir a meta seja responsável por estabelecer a meta que vai ter de perseguir”, afirmou em sua sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.

A meta de inflação de cada ano é estabelecida pelo CMN, que é composto por: ministro da Fazenda; ministro do Planejamento e Orçamento; e presidente do Banco Central. Em 2024, o centro da meta da inflação é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (ou seja: 4,5% e 1,5%).

O Metrópoles aponta que atualmente, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, está em 4,24% no acumulado de 12 meses até agosto. Isso significa que o índice segue se aproximando do teto da meta do CMN.Para aproximar a inflação do centro da meta, o Banco Central usa a taxa básica de juros do país, a Selic — o principal instrumento de política monetária.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.