Banco do Brasil tem recorde lucro líquido de R$ 37,9 bilhões

O Banco do Brasil (BB) teve lucro líquido recorde no valor de R$ 37,9 bilhões em 2024. O montante representa um crescimento de 6,6% em relação ao ano anterior.

Os dados foram divulgados na quarta-feira (19) pelo balanço financeiro da instituição. Conforme o levantamento, o lucro somou R$ 9,6 bilhões, alta de 1,5% em comparação ao mesmo período de 2023.

De acordo com o BB, o resultado positivo foi impulsionado pelo aumento na margem financeira bruta (+11,2%), pelo crescimento das receitas de prestação de serviços (+4,9%) e pela contenção das despesas administrativas, que subiram 4,4% no período, abaixo da inflação.

Também foi ampliada a carteira de crédito do banco, que encerrou o ano com saldo de R$ 1,3 trilhão, registrando um avanço de 15,3% em relação a 2023.

Os destaques foram as operações para pessoas físicas, empresas e o agronegócio. Em relação às Pessoas físicas, houve um crescimento de 7,3%, totalizando R$ 336 bilhões, impulsionado pelo crédito consignado, que avançou 9,8%. Já a carteira de crédito para empresas atingiu R$ 461,1 bilhões, com alta de 18% em 12 meses.

Segundo o BB, a carteira ampliada no agronegócio alcançou R$ 397,7 bilhões, superando o recorde registrado em 2023, quando o crescimento foi de 2,9% em relação ao trimestre anterior e de 11,9% no acumulado do ano, mantendo o BB na liderança do setor.

Os dados apontam ainda que os projetos sustentáveis também apresentaram crescimento. A carteira de negócios sustentáveis atingiu R$ 386,7 bilhões, alta de 12,7% em 12 meses, representando 30% do total do crédito concedido pelo banco.

O comunicado informa que o índice de inadimplência para operações acima de 90 dias ficou em 3,32% em dezembro de 2024, acima dos 2,92% registrados no fim de 2023.

A alta foi impactada, principalmente, pelo segmento de agronegócio, afetado por desastres climáticos ao longo do ano. Com o aumento da inadimplência, as despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa cresceram 16,9% no período.

Já as receitas com prestação de serviços totalizaram R$ 35,5 bilhões, alta de 4,9% em relação a 2023. Os segmentos que impulsionaram esse resultado foram: consórcios (+17,4%), rendas do mercado de capitais (+16,7%), administração de fundos (+11,6%) e seguros, previdência e capitalização (+10,4%).

O registro diz ainda que as despesas administrativas somaram R$ 37 bilhões, com crescimento de 4,4%, abaixo da inflação acumulada e dentro das projeções do banco, que variavam entre 5% e 7%.

2025

Para este ano, o Banco do Brasil prevê lucro líquido ajustado entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões, além de uma expansão de 5,5% a 9,5% na carteira de crédito. Receitas com prestação de serviços devem ficar entre R$ 34,5 bilhões e R$ 36,5 bilhões, enquanto os gastos administrativos estão projetados para oscilar entre R$ 38,5 bilhões e R$ 40 bilhões.