Publicado em 26/09/2023 às 13h33.

BNDES apoia com R$ 2,4 bi venda de aviões Embraer para aérea dos EUA e produção de aeronaves

Desse montante, cerca de R$ 1,4 bilhão serão destinados à comercialização de 14 aeronaves do modelo E-175 para a empresa aérea norte-americana Republic Airways

Redação
Foto: André Telles/ Divulgação/ BNDES

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 2,4 bilhões em financiamentos para exportação de aeronaves da Embraer. Desse montante, cerca de R$ 1,4 bilhão serão destinados à comercialização de 14 aeronaves do modelo E-175 para a empresa aérea norte-americana Republic Airways, que atua exclusivamente com aeronaves da fabricante brasileira.

Em outra operação de crédito, de aproximadamente R$ 1 bilhão, o objeto é a produção de aeronaves para futura exportação. Os financiamentos ocorrem, respectivamente, por meio do BNDES Exim Pós-Embarque (comercialização) e do BNDES Exim Pré-Embarque (produção), linhas tradicionais do Banco que apoiam as empresas brasileiras nas diferentes etapas da atividade exportadora.

O anúncio foi feito pelo presidente do Banco, Aloizio Mercadante, na abertura do seminário “4ª Revolução Industrial: Desafios para Defesa, Segurança e Desenvolvimento Nacional”, realizado nesta terça-feira, 26, pelo BNDES e o Ministério da Defesa.

“Ano passado, a Embraer exportou nove aeronaves. Agora, estamos anunciando 14, o que totaliza, apenas este ano, 28 aeronaves exportadas. Ao longo da história, foram 1287. Vinte e sete anos atrás, quando ninguém acreditava, o BNDES estava lá para investir e financiar, não só a Embraer comercial, mas também a Embraer de defesa, que é uma realidade vitoriosa”, destacou o presidente Mercadante.

O setor da aviação é considerado estratégico por ser intensivo em tecnologia, empregar mão de obra qualificada e gerar inovações com impactos positivos para a economia nacional, além de ser relevante para garantir a soberania do País, devido à sua relação com a área de Defesa.

Este ano, além das 14 novas aeronaves exportadas para a Republic Airways, o Banco financiou a comercialização de três aviões Embraer para a egípcia CIAF (em abril) e outros 11 para a Alaska, dos EUA (em junho). De janeiro a setembro, os desembolsos do BNDES para a fabricante brasileira somam US$ 778 milhões.

Na compra dos aviões pela Republic, a operação do BNDES Exim Pós-Embarque cobrirá uma parcela do investimento total da companhia aérea. As aeronaves serão entregues pela Embraer entre 2023 e 2024.

A empresa é uma das maiores operadoras de aeronaves regionais Embraer E-175 no mundo. Mantém 900 voos diários para quase 80 cidades nos Estados Unidos, Canadá e Caribe, sob as marcas American Eagle, Delta Connection e United Express, em parceria com a American Airlines, Delta Air Lines e United Airlines.

Já no crédito via BNDES Exim Pré-Embarque, os recursos serão utilizados pela empresa brasileira para produção de aeronaves comerciais dos modelos 175-E1, 190-E1, 190-E2 e 195-E2.

Desde 1997, ano do primeiro apoio do BNDES à Embraer, o Banco financiou cerca de US$ 25,4 bilhões em exportações de aeronaves da fabricante. No período, as operações contratadas possibilitaram à empresa concorrer no mercado externo em igualdade de condições com suas concorrentes. O apoio do Banco complementa o financiamento provido pelo mercado privado.

Empresa aeroespacial global com sede no Brasil, a Embraer tem negócios nas áreas de aviação comercial e executiva, Defesa & Segurança e aviação agrícola. A empresa projeta, desenvolve, fabrica e comercializa aeronaves e sistemas, fornecendo serviços e suporte aos clientes no pós-venda.

Fundada em 1969, é hoje líder global no segmento de jatos comerciais de até 150 assentos e a 3ª fabricante de aeronaves comerciais do mundo. É, ainda, a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil e, no final de 2022, somava 18,9 mil empregados, dos quais cerca de 80% no país.

BDs e Agências de Crédito à Exportação – Historicamente, países com indústrias aeronáuticas de ponta financiam suas respectivas fabricantes nacionais de forma perene, por meio de bancos de desenvolvimento (BDs) e agências de crédito à exportação (Export Credit Agencies) dos seus respectivos países. No Brasil, esse papel é desempenhado pelo BNDES.

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