Publicado em 07/01/2018 às 13h30.

BNDES corre risco de calote de US$ 2 bilhões

Dívida pertence a Angola, Venezuela e Moçambique e é relativa a empréstimos feitos para financiar obras de empreiteiras brasileiras

Redação
(Foto Divulgaçao CGU)
(Foto Divulgaçao CGU)

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pode sofrer um calote de US$ 2 bilhões de Venezuela, Moçambique e Angola relativos a empréstimos que financiaram obras de empreiteiras brasileiras.

O atraso nos pagamentos será repassado para o Tesouro Nacional, pois as operações tem seguro coberto pelo Fundo de Garantia à Exportação (FGE), vinculado ao Ministério da Fazenda e que cobre esse tipo de empréstimo.

Segundo o Ministério da Fazenda, mesmo que os pagamentos sejam feitos, o calote impacta na previsão orçamentária para 2018 e pressiona ainda mais as contas públicas.

A Venezuela com uma dívida de US$ 814 milhões, tem a situação mais observada pelo governo. O atraso da parcela deste ano acarretará em um gasto adicional de R$ 885 milhões no Orçamento federal de 2018.

Já Angola, maior devedora do BNDES, anunciou um pacote de ajuste prevê a renegociação da dívida externa do país. Entre 2002 e 2016, o BNDES contratou US$ 4 bilhões em empréstimos com o país africano, com sua maioria para projetos da Odebrecht, como a construção da Hidrelétrica de Laúca.

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