Bolsas caem em meio a tensão entre EUA e China e projeção de alta da inflação
Mercados reagem a nova retaliação tarifária chinesa e a estimativas da Universidade de Michigan sobre inflação nos EUA

Os principais índices das bolsas de valores de Nova York operavam em baixa na manhã desta sexta-feira (11/4), influenciados pela intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China e pela elevação das expectativas de inflação no país, segundo dados divulgados pela Universidade de Michigan.
Por volta das 12h15 (horário de Brasília), o índice Dow Jones recuava 0,36%, alcançando 39,4 mil pontos.
O S&P 500 registrava queda de 0,298%, aos 5,2 mil pontos.
Já o Nasdaq Composite, que concentra empresas de tecnologia, caía 0,18%, aos 16,3 mil pontos.
Além das tensões comerciais, os mercados reagiram negativamente à alta nas projeções inflacionárias dos EUA para os próximos 12 meses. A estimativa subiu de 4,1% para 4,4% em abril. Já a expectativa para os próximos cinco anos avançou de 5% para 6,7%, o maior patamar desde 1981.
Nesta sexta, investidores repercutiram a mais recente retaliação da China aos EUA na disputa tarifária. O governo chinês aumentou para 125% as tarifas sobre produtos norte-americanos, em resposta às taxas de até 145% impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
O episódio marca mais um capítulo na disputa entre as duas maiores economias do mundo. Horas antes do anúncio, o presidente da China, Xi Jinping, afirmou que “não há vencedores em uma guerra tarifária”, durante encontro com o primeiro-ministro da Espanha. Na ocasião, Xi também convidou a União Europeia a resistir ao que chamou de “intimidação” dos Estados Unidos.
Em nota, o Ministério do Comércio da China criticou duramente as tarifas americanas: “A imposição sucessiva de tarifas excessivas pelos EUA tornou-se um jogo de números, sem relevância econômica real. Essa prática apenas evidencia o uso de tarifas como instrumento de coerção e intimidação, tornando-se motivo de chacota.”
A nova ofensiva chinesa também influenciou os mercados internacionais. As bolsas da Ásia encerraram o pregão sem uma tendência clara.
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O índice Nikkei, em Tóquio, caiu 2,96%, fechando em 33,5 mil pontos.
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O Kospi, de Seul, teve leve queda de 0,5%, aos 2,4 mil pontos.
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Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 1,13%, aos 20,9 mil pontos.
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O Xangai Composto, na China continental, avançou 0,45%, aos 3,2 mil pontos.
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A maior alta foi registrada na bolsa de Taiwan: o Taiex subiu 2,78%, aos 19,5 mil pontos.
Na Europa, o aumento das tarifas por parte da China também causou preocupação. Logo na abertura, os principais mercados da região operavam no vermelho, refletindo o receio com a escalada das tensões comerciais globais.
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