Bolsonaro assina decreto para destravar auxílio emergencial a partir de abril
Texto detalha critérios para liberação dos pagamentos; cronograma de repasses ainda não foi apresentado

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) editou decreto que regulamenta o pagamento do auxílio emergencial 2021, instituído no último dia 18 de março por meio de uma MP (medida provisória). O texto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), na tarde desta sexta-feira (26).
O apoio financeiro será pago a trabalhadores informais de baixa renda e aqueles inscritos em programas sociais como o Bolsa Família, caso o novo benefício seja mais vantajoso. A previsão é que os pagamentos comecem a partir do dia 4 ou 5 de abril, segundo informou o próprio presidente em sua live semanal nas redes sociais.
A nova rodada do auxílio emergencial pagará quatro parcelas com valor médio de R$ 250 cada uma. Esse valor pode chegar a R$ 375, no caso de famílias que tenham apenas a mãe como provedora, ou R$ 150, no caso de família unipessoal (formada por uma única pessoa). Ao longo do ano passado, o auxílio chegou a atingir 68 milhões de pessoas, mas agora o novo programa deve atender, nas projeções do governo, cerca de 45,6 milhões de famílias. Essa redução se dá, segundo o governo, após o cruzamento de dados que concentrou as transferências no público considerado mais vulnerável.
Pelo decreto, as parcelas da ajuda serão pagas independentemente de novo requerimento, desde que o beneficiário atenda aos requisitos estabelecidos na Medida Provisória. O governo vai usar a mesma base de dados de quem se cadastrou para o programa no ano passado, pelo aplicativo ou pelo site da Caixa Econômica Federal, além daquelas pessoas inscritas no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico) e no Bolsa Família. Uma das novidades é o recebimento do benefício ficará limitado a um beneficiário por família.
Critérios
Os trabalhadores formais (com carteira assinada e servidores públicos) continuam impedidos de solicitar o auxílio emergencial. Além disso, cidadãos que recebam benefício previdenciário, assistencial ou trabalhista ou de programa de transferência de renda federal, com exceção do Bolsa Família e do PIS/PASEP, não fazem parte do público que receberá as parcelas de R$ 250. Para fins de elegibilidade, serão avaliados os critérios com base no mês de dezembro de 2020, informou o governo.
O novo auxílio será pago somente a famílias com renda per capita de até meio salário mínimo e renda mensal total de até três salários mínimos. Para o público do Bolsa Família, segue valendo a regra quanto ao valor mais vantajoso a ser recebido entre o programa assistencial e o auxílio emergencial 2021. Os integrantes do Bolsa Família receberão o benefício com maior parcela (R$ 375).
As pessoas que não movimentaram os valores do auxílio e sua extensão, disponibilizados na poupança digital em 2020, não terão direito ao novo benefício, assim como quem estiver com o auxílio do ano passado cancelado no momento da avaliação de elegibilidade para 2021.
O auxílio 2021 ainda prevê outros critérios de elegibilidade. Estão excluídos os residentes médicos, multiprofissionais, beneficiários de bolsas de estudo, estagiários e similares. Quem teve rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2019 ou tinha em 31 de dezembro daquele ano a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil, ou tenha recebido em 2019 rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte superior a R$ 40 mil, também não poderá solicitar o novo benefício.
Quem ainda não terá direito a receber o novo auxílio são pessoas com menos de 18 anos, exceto mães adolescentes, quem estiver no sistema carcerário em regime fechado ou tenha seu CPF vinculado, como instituidor, à concessão de auxílio-reclusão, quem tiver indicativo de óbito nas bases de dados do governo federal ou tenha seu CPF vinculado, como instituidor, à concessão de pensão por morte.
(Com Agência Brasil)
Mais notícias
-
Economia13h47 de 12/12/2025
BNDES aprova R$ 532 milhões para empresas afetadas pelo tarifaço na Bahia
O valor representa 95,5% de todos os pedidos de crédito protocolados na instituição para o estado desde setembro
-
Economia11h41 de 12/12/2025
Setor de serviços do Brasil registra crescimento de 0,3% em outubro, diz IBGE
O resultado vem levemente acima do esperado por analistas, que projetavam uma alta de 0,2% no mês e de 2,2% no ano
-
Economia11h02 de 12/12/2025
Serviços na Bahia avançam em outubro, mas seguem inferior ao nacional
Estado registra segunda alta mensal seguida
-
Economia10h51 de 12/12/2025
Dólar opera em alta nesta sexta (12), recuperando perdas da sessão anterior
No Brasil, ainda repercute o tom mais conservador adotado pelo Copom
-
Economia21h20 de 11/12/2025
Dólar cai para R$ 5,40 após decisão do Copom e alívio no mercado externo
Mesmo com a forte queda desta quinta, a moeda estadunidense acumula alta de 1,29% em dezembro
-
Economia13h26 de 11/12/2025
Entenda por que apenas 30% das empresas familiares sobrevivem à segunda geração
Especialista em planejamento sucessório explica como conflitos emocionais pesam mais que crises financeiras
-
Economia11h49 de 11/12/2025
Jerônimo destaca parceira do Estado com a ApexBrasil e avanço nas exportações baianas
Governador relembrou também os setores afetados pelo tarifaço americano
-
Economia11h13 de 11/12/2025
Criptomoedas: como garantir renda fixa por meio do poder de processamento na nuvem?
Análise de mercado da Eden Miner lança uma solução não convencional
-
Economia10h35 de 11/12/2025
Dólar opera em baixa nesta quinta (11), com indefinição sobre corte de juros no Brasil
No exterior, a moeda americana apresenta sinais mistos ante as demais divisas
-
Economia10h28 de 11/12/2025
Varejo baiano registra queda mensal, mas mantém altas no ano
Apesar do recuo entre setembro e outubro, setor segue em crescimento no comparativo anual e nos acumulados










