Brasil continuará com déficit nas contas públicas até 2019, diz FMI
O relatório do órgão projeta déficit primário de 1,7% do PIB para este ano, 1,4% em 2017, 1% em 2018 e 0,3% em 2019

A contração da economia fará o Brasil registrar déficits primários (resultado negativo nas contas públicas antes do pagamento dos juros) até 2019, divulgou nesta quarta-feira (13) o Fundo Monetário Internacional (FMI). De acordo com o relatório Monitor Fiscal, a dívida bruta do país poderá chegar a 91,7% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) em 2021.
Segundo o relatório, a deterioração fiscal experimentada pelo Brasil no ano passado foi provocada pela combinação de três fatores: forte retração da economia, fraco desempenho das receitas e instabilidade política. Para o FMI, não apenas o Brasil, mas vários países serão afetados por turbulências políticas neste ano, independentemente do nível de desenvolvimento.
“O calendário eleitoral ou a disputa política podem complicar a implementação de políticas ou desencorajar ações políticas fortes em 2016 em vários países, incluindo economias avançadas [Austrália, Grécia, Estados Unidos], mercados emergentes [Brasil, África do Sul, Venezuela] e países de baixa renda [Gana e Zâmbia]”, informou o relatório.
O relatório do FMI projeta déficit primário de 1,7% do PIB para este ano, 1,4% em 2017, 1% em 2018 e 0,3% em 2019. Somente no ano seguinte, o país voltaria a registrar resultados positivos nas contas públicas, com superávit primário de 0,9% do PIB em 2020 e de 1,6% em 2021. O superávit primário é a economia para pagar os juros da dívida pública.
Para o FMI, a sequência de resultados fiscais negativos continuará a impulsionar a dívida pública bruta do país. De 73,7% do PIB registrados no ano passado, o indicador subirá para 76,3% este ano, 80,5% em 2017, 83,6% em 2018, 86,4% em 2019, 89,1% em 2020, podendo chegar a 91,7% em 2021.
A dívida pública calculada pelo FMI é mais alta que o indicador divulgado pelo Banco Central do Brasil, segundo o qual a Dívida Bruta do Governo Geral encerrou 2015 em 65,5% do PIB. A diferença ocorre porque o governo brasileiro desconsidera da dívida bruta cerca de R$ 900 bilhões em títulos públicos usados pelo Banco Central para regular a quantidade de dinheiro em circulação na economia por meio das operações compromissadas.
Mais notícias
-
Economia
07h34 de 09/05/2025
Sem acertador, Mega-Sena acumula e prêmio estimado é de R$ 45 milhões
Próximo sorteio será neste sábado (10)
-
Economia
21h40 de 08/05/2025
Preço da cesta básica tem redução de 1,25%, em Salvador
O levantamento apontou que houve o aumentou em 15 capitais do país no mês de abril, em comparação a março
-
Economia
17h50 de 08/05/2025
Dólar cai e Ibovespa bate recorde histórico após sinalizações de Trump sobre tarifas
Moeda norte-americana fechou o dia com queda de 1,47%, cotada a R$ 5,66
-
Economia
15h47 de 08/05/2025
Bitcoin ultrapassa US$ 100 mil impulsionado por acordo entre EUA e Reino Unido
Criptomoeda dispara após anúncio de pacto comercial; ethereum também registra forte alta
-
Economia
11h03 de 08/05/2025
Número de brasileiros inscritos em programas sociais cresceu em 2024, diz IBGE
Percentual ficou em 9,2%, alcançando o maior patamar já registrado desde a pandemia, época marcada pelo auxílio emergencial
-
Economia
10h29 de 08/05/2025
INSS bloqueia novos descontos de empréstimos consignados após denúncias de fraudes
Medida segue determinação do TCU e ocorre após operação da Polícia Federal revelar esquema envolvendo descontos não autorizados em aposentadorias e pensões
-
Economia
10h24 de 08/05/2025
Dólar opera em queda nesta quinta-feira (8), com possível acordo entre EUA e Reino Unido em foco
O presidente americano, Donald Trump, realiza uma coletiva de imprensa nesta quinta para informar detalhes do acordo
-
Economia
08h04 de 08/05/2025
Mega-Sena sorteia prêmio acumulado de R$ 38 milhões nesta quinta-feira
Apostas podem ser feitas até as 19h, horário de Brasília
-
Economia
20h00 de 07/05/2025
Em decisão unânime, Copom eleva taxa Selic para 14,75% ao ano
Com o novo aumento, a taxa Selic atingiu o maior patamar desde julho de 2006
-
Economia
18h19 de 07/05/2025
Dólar tem leve alta, cotado a R$ 5,74 nesta quarta-feira
Em três dias, divisa acumulou elevação de 1,56%