Publicado em 21/12/2021 às 08h21.

Brasil deve completar 16 anos crescendo abaixo da média mundial, aponta pesquisa

Apesar de a pandemia ter atingido todas as economias, o país teve retração maior que a média global em 2020

Redação
Foto: Reprodução/FGV Ibre
Foto: Reprodução/FGV Ibre

 

Um levantamento com dados e projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da pesquisa Focus do Banco Central, a pedido do jornal Folha de S.Paulo, revela que a economia brasileira deve completar ao menos 16 anos de crescimento abaixo da média mundial.

Período que teve início em 2010, no governo de Dilma Rousseff, pode se estender até o final do próximo mandato presidencial (2026).

Segundo a pesquisa, que ainda conta com complementos de um estudo dos economistas Marcel Grillo Balassiano e Samuel Pessôa, divulgado pelo FGV Ibre, desde 2011, o país vive uma combinação de períodos de recessão, estagnação e baixo crescimento, com números distantes daquilo que é visto no nível global.

O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu 1,4 ponto percentual abaixo da média global desde 1987, período estudado pelos pesquisadores. Na média, o país cresceu 2% ao ano, enquanto o mundo avançou a um ritmo de 3,4%.

Essa defasagem foi revertida apenas em alguns anos dos governos Itamar Franco, FHC e Lula. Considerando a média nos oito anos de cada gestão, o Brasil cresceu abaixo do ritmo mundial mesmo nos governos do tucano e do petista.

No atual governo, a diferença deverá ficar negativa em 2 pontos percentuais. Apesar de a pandemia ter atingido todas as economias, o país teve retração maior que a média global em 2020 e deverá crescer menos que o mundo em 2021 e 2022.

Ainda de acordo com a pesquisa publicada pela Folha, a diferença na gestão atual será superada apenas pela do período Dilma-Temer (2011-2018), quando o PIB cresceu 2,9 pontos por ano, em média, abaixo do resultado mundial.

No próximo governo (2023-2026), a diferença deve voltar à média de 1,4 ponto ao ano, desde que o Brasil consiga retomar o ritmo de crescimento de cerca de 2% ao ano.

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