Publicado em 04/09/2024 às 13h42.

BTG Pactual quer entrar no mercado de empréstimo sindicalizado nos EUA

Banco começou negócio de empréstimos sindicalizados há cerca de dois anos

Redação
Reprodução: Redes Sociais

 

O BTG Pactual (BPAC11), o maior banco de investimento independente da América Latina, está planejando entrar no mercado de empréstimos sindicalizados dos Estados Unidos (EUA) após anunciar a compra de um banco em Nova York em junho, de acordo com informações do portal Bloomberg Línea.

“Os EUA são o maior mercado de crédito do mundo e precisamos estar lá”, disse Rogério Stallone, sócio do BTG responsável por crédito corporativo, em uma entrevista à Bloomberg News.

Os empréstimos sindicalizados são um bom ponto de entrada porque permitem que o banco “participe do fluxo de negócios que outros bancos nos trazem e comece a entender melhor as peculiaridades da região”.

Com uma carteira de empréstimos de cerca de R$ 195 bilhões, o BTG começou o negócio de empréstimos sindicalizados há cerca de dois anos, contratando o veterano Ernesto Meyer, ex-BNP Paribas.

Desde então, ele liderou 11 transações totalizando US$ 2,5 bilhões, levando empresas latino-americanas de médio porte ao mercado e atraindo novos credores para a região.

Entre as transações mais inovadoras estava um empréstimo que incluía uma parcela denominada em renminbi. O BTG também começou a negociar empréstimos no mercado secundário – uma raridade para bancos brasileiros.

“Queremos continuar aumentando nossa carteira de empréstimos de forma mais diversificada, alcançando mais empresas, mais geografias e oferecendo novos produtos”, disse Stallone.

O BTG afirmou em junho que assinou um acordo definitivo para adquirir o M.Y. Safra Bank, sediado em Nova York. O banco, que não tem vínculos com o J. Safra Group, tinha uma carteira de empréstimos no final de março totalizando US$ 275 milhões.

Espera-se que a aquisição ajude a reduzir o custo de financiamento do BTG nos EUA, semelhante ao impacto da compra do FIS Privatbank em Luxemburgo no ano passado. O negócio reduziu o custo de financiamento do BTG em euros em 30%, de acordo com Meyer.

“Esperamos o mesmo efeito nos EUA, algo que nos permitirá atingir uma gama maior de clientes por lá”, disse Meyer, que agora é diretor global de empréstimos sindicalizados do BTG.

Com mais de 20 anos de experiência e passagens pelo JPMorgan (JPM), Deutsche e BNP, Meyer também é responsável por financiamentos para aquisição, financiamentos de projeto, financiamentos com alavancagem, entre outros.

Meyer disse que veio para o BTG “para começar a incomodar” o grupo de bancos líderes nos mercados de empréstimos sindicalizados globais.

Entre as transações que o BTG liderou neste ano está um empréstimo de US$ 510 milhões para a produtora brasileira de celulose e papel Bracell, que incluiu parcelas em renminbi, reais e dólares. Dois bancos de Taiwan participaram pela primeira vez de empréstimos na América Latina: o Banco SinoPac e o Taishin International Bank.

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