Publicado em 28/11/2024 às 17h03.

Centrais sindicais aprovam pacote fiscal e criticam mercado financeiro e imprensa

As centrais também criticaram a pressão do mercado financeiro e parte da imprensa por pressão ao Governo Federal

Redação
Foto: CUT-Bahia/divulgação

 

Em nota divulgada na tarde desta quinta-feira (28), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT), manifestaram aprovação da maior parte das medidas do ajuste fiscal do governo federal.

No mesmo documento, as centrais criticaram a pressão do mercado financeiro e parte da imprensa por pressionarem o governo “com o suposto fantasma da crise fiscal para executar medidas impopulares de cortes que impactam políticas sociais e o povo mais pobre”. E apontou pontos que “precisam ser revistos”.

A isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil foi avaliada como positiva, porque “alivia o bolso daqueles que mais contribuem para o desenvolvimento do Brasil e que hoje pagam mais impostos”.

Também há apoio em relação a tributação dos rendimentos superiores a R$ 50 mil, considerando “um passo necessário para enfrentar a desigualdade social no Brasil, assim como a trava nos benefícios fiscais, que em caso de déficit primário nas contas, proíbe a criação, ampliação ou prorrogação de benefícios tributários”.

A nota também elogia as alterações nos benefícios previdenciários dos militares e a obrigatoriedade de metade das emendas parlamentares para recompor o orçamento da saúde.

No entanto, as críticas da central apontam para a revisão da “redução do alcance do abono salarial, ao reduzir o valor de referência, pois este benefício era destinado à parcela dos trabalhadores formais de menores salários, ou seja, os mais pobres”. “Reconhecemos que dentro do pacote apresentado pelo ministro há avanços para a classe trabalhadora, que devem ser mantidos; mas a CUT estará vigilante neste processo para que não soframos perdas”.

Já a UGT afirma que “a mudança na tributação representa um alívio significativo para milhões de brasileiros, especialmente para aqueles que enfrentam a pressão de orçamentos apertados diante da alta do custo de vida. A medida também promove maior equidade tributária, uma vez que reduz a carga sobre os trabalhadores de baixa e média renda”. “O anúncio reforça a importância de políticas públicas que priorizam a redução da desigualdade e promovem uma distribuição de renda mais justa”.

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