Publicado em 24/04/2025 às 10h02.

China desmente Trump e diz que negociações com os EUA não foram retomadas

O presidente americano afirmou, na quarta-feira (23), que "tudo está ativo" no diálago entre os dois países

Redação
Foto: Reprodução/Freepik

 

Dois ministros chineses desmentiram nesta quinta-feira (24) a declaração do presidente americano, Donald Trump, sobre a retomada de negociações entre os Estados Unidos e a China, ao afirmar que as falas do presidente “são informações falsas”. Um dia antes, Trump disse que “tudo está ativo”, quando questionado se estava se engajando ativamente com o país asiático.

Segundo matéria da Folha de São Paulo, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, respondeu a uma pergunta sobre as “constantes notícias do lado americano” sobre negociações e até sobre acordo já fechado, pontuando que “China e Estados Unidos não se consultaram nem negociaram sobre a questão tarifária, menos ainda alcançaram um acordo.”

Já o porta-voz do Ministério do Comércio, He Yadong, seguiu a mesma linha de resposta quando questionado sobre o tema: “Não há negociações econômicas e comerciais entre a China e os EUA. Quaisquer alegações sobre o progresso das negociações econômicas e comerciais são infundadas e não têm base factual”.

Yadong ainda acrescentou que “a guerra comercial foi provocada de forma gratuita e unilateral” e que “a China pede que os EUA retornem ao caminho de diálogo e consulta”. No dia anterior, Guo, das Relações Exteriores, já havia afirmado que “as portas estão abertas” para negociar tarifas.

Trump tem assumido uma postura mais conciliadora quando questionado sobre sua relação com a China em coletivas recentes e chegou a declarar nesta semana que “não jogaria duro” com a China nas eventuais negociações e que reduziria “substancialmente” as tarifas.

Citando autoridade anônima, o jornal The Wall Street Journal publicou que o presidente avalia reduzir para de 50% a 60% as tarifas sobre produtos chineses, que no momento se encontram em, pelo menos, 145%. E o Financial Times publicou ele planeja poupar montadoras de parte das tarifas sobre peças importadas da China.

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