Publicado em 11/09/2025 às 15h56.

Comércio varejista baiano cresce 0,8% em julho e supera média nacional

Setor registra alta de 2,7% em relação a 2024; avanço é impulsionado por artigos farmacêuticos, combustíveis e supermercados

Redação
Foto: Luzia Luna/Ascom SEI

 

As vendas do comércio varejista baiano cresceram 0,8% no mês de julho de 2025, frente ao mês imediatamente anterior. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a taxa de crescimento foi mais expressiva (2,7%). Já o varejo nacional manteve estabilidade frente a junho (-0,3%) e expansão de 1,0% na comparação interanual. No acumulado do ano, a Bahia e o Brasil registraram crescimento de 0,9% e 1,7%, respectivamente. Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisados no estado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento.

A expansão das vendas no comparativo sazonal (julho/junho) pode ser atribuída ao comportamento do consumidor, que, ao direcionar parte dos seus recursos para a quitação de dívidas, deixa de estar negativado junto às instituições de avaliação de crédito. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada mensalmente pela Fecomércio-BA, em julho de 2025, a taxa de famílias com contas em atraso apresentou leve recuo, passando de 24,0% para 23,8%, percentual também inferior aos 25,6% registrados no mesmo mês em 2024. Essa informação reforça a percepção de que o emprego continua promovendo condições de acesso ao crédito, apesar do encarecimento em razão da alta taxa de juros, e de que, além do consumo, o crédito está sendo utilizado para o ajuste das contas domésticas.

No resultado mensal (comparação interanual), o crescimento das vendas pode ser atribuído a uma menor pressão dos preços e ao aumento do acesso ao crédito. De acordo com a Fecomércio, apesar de, na comparação anual, pelo décimo mês consecutivo, ter sido verificada redução da intenção de consumo, o recuo observado foi menor. Mesmo com quedas, o indicador se mantém acima do nível de otimismo (101,4 pontos sem ajuste sazonal e 103,2 pontos com ajuste). Na comparação com 2024, o componente de Acesso ao Crédito apresentou expansão de 3,3%, resultando no impulsionamento das compras a prazo.

Na análise das atividades, observa-se que a expansão verificada nas vendas na comparação com o ano passado foi resultado do comportamento dos segmentos de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (13,2%), combustíveis e lubrificantes (3,8%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,3%). As razões para a contribuição desses segmentos estão ligadas ao fato de o primeiro comercializar bens essenciais à manutenção da saúde, de o segundo possuir o maior peso na análise do indicador e, assim como o terceiro, ter sido influenciado pelo comportamento dos preços ao registrar deflação.

No comércio varejista ampliado, que inclui o varejo restrito e as atividades de veículos, motocicletas, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, as vendas na Bahia tiveram expansão de 2,2% em relação ao mês imediatamente anterior. Na comparação com julho de 2024, houve recuo de -1,4%, resultando em taxa de -2,2% no acumulado do ano.

O movimento mensal do indicador no ampliado foi influenciado pelas atividades de atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo e material de construção, que registraram variações negativas de -23,1% e -2,1%, respectivamente. Em contraposição, veículos, motocicletas, partes e peças expandiram as vendas em 3,8% em julho.

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