Publicado em 14/04/2025 às 19h20.

Confiança dos empresários baianos tem alta em março

A métrica é calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI)

Redação
Foto: reprodução/site do FGV Ibre

 

O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), métrica calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) para monitorar as expectativas do setor produtivo do estado, marcou -143 pontos em março, numa escala que vai de -1.000 a 1.000 pontos – indicando, assim, um cenário de Pessimismo Moderado (intervalo de -250 pontos a zero ponto). Trata-se da 14ª pontuação abaixo de zero em sequência.

No mês, ao registrar -143 pontos, o ICEB captou aumento da confiança em relação a fevereiro (quando o indicador marcou -166 pontos). A alta em comparação ao mês imediatamente antecedente foi de 23 pontos – que mesmo somada ao aumento observado em fevereiro, apenas recuperou parcialmente a queda captada em janeiro (recuo de 124 pontos, o maior recrudescimento da incerteza na margem desde a verificada em novembro de 2022).

A alta da confiança de fevereiro a março não aconteceu de forma generalizada, visto que dois dos quatro grupamentos expressaram retrocesso: Agropecuária e Comércio, sendo que este último indicou o maior recuo da confiança. O setor de Serviços apresentou a maior alta entre as atividades.

Nenhum dos quatro setores assinalou pontuação superior a zero. Os resultados foram: Agropecuária, -99 pontos; Indústria, -160 pontos; Serviços, -143 pontos; e Comércio, -150 pontos. Enquanto o setor de Agropecuária foi o de melhor pontuação pelo nono mês em sequência, a atividade de Indústria registrou o menor nível de confiança pela segunda vez seguida.

Quanto ao conjunto avaliado de assuntos, os temas juros, crédito e situação financeira foram aqueles com as piores expectativas do empresariado baiano. Em contrapartida, as variáveis PIB nacional, PIB estadual e exportação apresentaram os indicadores de confiança em situação menos desfavorável no mês.

Segundo Luiz Fernando Lobo, especialista em produção de informações econômicas, sociais e geoambientais da SEI, “apesar de o empresariado baiano ter calibrado as expectativas mais uma vez, já que o nível de confiança desses agentes econômicos se recuperou na margem novamente, alguns alertas se mantiveram: terceiro menor patamar de confiança nos últimos dois anos; aumento do pessimismo em dois dos setores; indicador de confiança abaixo de zero em todas as atividades setoriais; e expectativas desfavoráveis sobre o futuro de quase todas as variáveis investigadas”.

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