Publicado em 15/01/2022 às 19h00.

Construção perde fôlego e deve crescer ‘apenas’ 2% em 2022

Setor avançou 8% no ano passado; projeção da FGV/Sinduscon-SP vai na mesma linha do cenário descrito pela Cbic

Redação
Foto: reprodução do site do FGV Ibre
Foto: reprodução do site do FGV Ibre

 

Com sinais de que perde fôlego, a construção civil deve crescer em 2022 “apenas” 2%, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas e do Sindicato da Indústria da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP). O percentual parece alto, se comparado com a estimativa para o PIB geral do país abaixo de 0,5% segundo os analistas de mercado, mas é baixo frente aos 8% registrados pelo setor no ano passado.

A alta de 2% indicada pela FGV e o Sinduscon-SP vai na mesma linha da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). As duas entidades trabalham com previsão de abertura de 110 mil vagas de emprego no ramo em 2022, contra 246 mil em 2021 e 98 mil em 2020.

A elevação conjunta de juros e inflação inibe novos projetos no setor. “A decisão de se comprar um imóvel está relacionada ao poder de compra e à percepção de riscos e incertezas”, apontou a coordenadora de Estudos da Construção da FGV Ana Maria Castelo. “E o aumento das taxas de juros certamente vai ter um impacto nas contratações.”

Segundo a pesquisadora, houve queda da oferta e da demanda de materiais no fim do ano. As perspectivas piores para a economia brasileira e, por tabela, a percepção de risco maior completam o cenário mais adverso.

O vice-presidente de Economia do Sinduscon-SP, Eduardo Zaidan, pondera que “a inflação será menor neste ano que no ano passado, mas não quer dizer que estejamos livres de uma inflação desajustada”. Para o executivo, o período eleitoral também vai atrapalhar. Com informações do Estado de S. Paulo e da Exame

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