Publicado em 25/06/2025 às 09h24.

Contas do governo devem ter superávit de quase R$ 20 bi em 12 meses, projeta Tesouro Nacional

No acumulado de 2025, o resultado fiscal está cerca de R$ 60 bilhões acima do verificado no mesmo período do ano passado

Redação
Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

As contas do governo central, que englobam Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, devem registrar um superávit primário de aproximadamente R$ 20 bilhões no período de 12 meses encerrado em maio deste ano. A informação é do portal Valor Econômico, e foi confirmada pelo jornal O Globo junto ao Ministério da Fazenda.

Segundo matéria do InfoMoney, a pasta deve divulgar o dado oficial nesta quinta-feira (26), durante a coletiva do Relatório do Tesouro Nacional (RTN) de maio. No acumulado de 2025, o resultado fiscal está cerca de R$ 60 bilhões acima do verificado no mesmo período do ano passado. O avanço das receitas foi impulsionado pela força da atividade econômica no início do ano, aliada ao corte de despesas, cenário que auxiliou no desempenho.

A Fazenda confirmou que, em termos reais, os gastos do governo estão mais de 3% abaixo do registrado em 2024.

Ao comentar o cenário fiscal, o Tesouro concordou com a avaliação de que a política fiscal adotada neste ano é “extremamente contracionista”. “No acumulado do ano a redução das despesas primárias em termos reais e aumento significativo do resultado primário possuem efeitos contracionistas sobre a demanda agregada”, informou a pasta.

Apesar do resultado favorável até o momento, o governo deve manter a postura cautelosa quanto à possibilidade de reversão do contingenciamento de despesas realizado em maio. O Ministério da Fazenda informou que não há, por ora, previsão de alteração nos níveis de bloqueio orçamentário. Uma reavaliação das receitas e despesas só deve ocorrer em julho, tendo como base as medidas vigentes na avaliação do terceiro bimestre fiscal.

No Congresso, a Medida Provisória 1.303, que propõe o aumento da tributação sobre alguns setores, a regulamentação dos supersalários e a reforma da previdência dos militares, segue em discussão. De acordo com a pasta, entretanto, essas medidas não possuem relação direta ou automática com o cumprimento da meta fiscal de 2025, nem com o planejamento do orçamento de 2026. Apesar disso, o Ministério ressalta a relevância dos temas e defende que estes sejam debatidos pela sociedade.

A pasta também pontuou que quaisquer atualizações nas projeções fiscais devem seguir os ritos legais, como as reavaliações bimestrais de receitas e despesas e a entrega da proposta orçamentária de 2026, prevista para agosto.

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