Publicado em 20/06/2024 às 09h38.

Decisão unânime do Copom divide opiniões de especialistas; confira outros destaques

Magda Chambriard toma posse da presidência da Petrobras

Redação
Foto: Rafa Neddermayer / Agência Brasil

 

A decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil de interromper o ciclo de afrouxamento monetário e manter a taxa Selic em 10,50% ao ano deve refletir nos números dos mercados na abertura desta quinta-feira (20). A expectativa por parte dos economistas e analistas de mercado era de que o colegiado do BC optasse por passar uma mensagem de consenso.

Segundo matéria da InfoMoney, o placar anterior de 5 a 4 pela redução do ritmo de cortes naquela reunião trouxe uma leitura de possível tolerância com a inflação por parte dos novos diretores indicados pelo governo Lula e gerou ruídos sobre divergências internas. No ano que vem, serão sete os integrantes do Comitê nomeados pela atual gestão. Mas desta vez votaram pela manutenção tanto o presidente Roberto de Oliveira Campos Neto como os diretores, Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Gabriel Muricca Galípolo, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.

“Apesar das pressões políticas, vistas pelos recentes comentários de Lula, o voto foi unânime por parte dos membros do comitê, contrapondo o receio de que aqueles que foram propriamente indicados pelo presidente poderiam divergir da decisão”, avalia José Alfaix, economista da Rio Bravo. Ele ressalta que a decisão é apoiada nas preocupações com a política fiscal, com a percepção cética a respeito da sustentabilidade da dívida, e impulsos fiscais que tem se manifestado na resiliência das medidas da inflação.

Repercussão

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não quis comentar na última quarta sobre a decisão do Copom e disse que vai esperar a minuta da reunião, que sai na próxima terça-feira. Haddad ainda fez questão de afirmar que tem confiança nas pessoas indicadas ao Banco Central. Por outro lado, políticos e líderes do setor produtivo criticaram a decisão do Copom. Na avaliação deles, a manutenção dos juros em 10,5% ao ano prejudica a recuperação da economia. Em postagem na rede social X (antigo Twitter), a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffman (PR), classificou de injustificada a decisão do Copom. Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a decisão do Copom foi inadequada e excessivamente conservadora. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o atual nível de juros gera preocupações significativas sobre os efeitos adversos no crescimento econômico.

Radar Corporativo

Petrobras (PETR4)

Magda Chambriard tomou posse na quarta-feira (19) da presidência da Petrobras (PETR4), em uma cerimônia que foi marcada por posicionamentos em relação aos dividendos da companhia, sua trajetória na companhia e à exploração da Margem Equatorial, além de inúmeras críticas à Lava Jato. A empresa vive período de expectativa, com a chegada da plataforma Maria Quitéria no terceiro trimestre deste ano, depois de ter embarcado da China. A plataforma está programada para começar a produção no quarto trimestre do ano.

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