Publicado em 10/09/2025 às 10h28.

Deflação em agosto: preços caem na Região Metropolitana de Salvador

Queda foi puxada principalmente por alimentos e energia elétrica, enquanto saúde, despesas pessoais e vestuário registraram altas

Redação
Foto: Assessoria

 

Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação calculada pelo IBGE, ficou em -0,08% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O indicador mostrou a primeira deflação (queda média de preços) em mais de um ano: não era negativo desde junho de 2024, quando havia registrado -0,04%.

O resultado ficou levemente acima do índice nacional (-0,11%) e foi apenas a 11ª maior deflação entre os 16 locais pesquisados separadamente pelo IBGE, dos quais 13 tiveram recuos nos preços. O município de Goiânia/GO (-0,40%) e as RMs Porto Alegre/RS (-0,40%) e Rio de Janeiro/RJ (-0,34%) apresentaram as maiores quedas médias em agosto. Por outro lado, a Grande Vitória/ES (0,23%), Brasília/DF (0,11%) e a RM São Paulo/SP (0,10%) foram os únicos locais a registrar alta.

Mesmo com o resultado do mês, o IPCA da RM Salvador acumula alta de 2,94% em 2025. O índice está abaixo do nacional (3,15%) e ocupa a 11ª posição no ranking entre as 16 áreas, liderado pela RM São Paulo/SP (3,57%), pela Grande Vitória/ES (3,56%) e pelo município de Aracaju/SE (3,48%).

Nos 12 meses encerrados em agosto, a inflação na RM Salvador desacelerou para 4,94% (ante 5,06% nos 12 meses até julho). O resultado ficou abaixo do nacional (5,13%) e é a 7ª taxa mais elevada entre as regiões pesquisadas.

Queda em alimentos e habitação impulsiona deflação em Salvador

A deflação de agosto na RMS (-0,08%) foi resultado de quedas em quatro dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA.

O grupo alimentação e bebidas (-1,11%), de maior peso na inflação regional, teve a principal contribuição para o recuo. Os preços de alimentos caem há três meses, e em agosto tiveram a maior retração em um ano, puxados por itens de consumo no domicílio (-1,61%), como tomate (-17,27%), cebola (-23,49%, a maior queda entre todos os produtos pesquisados) e carnes (-2,29%). Em contrapartida, a alimentação fora do domicílio subiu 0,33%.

O grupo habitação (-0,84%) deu a segunda maior contribuição para a deflação, influenciado principalmente pela energia elétrica residencial (-4,49%), item que individualmente mais puxou o IPCA da região para baixo.

Entre os cinco grupos com alta em agosto, destacaram-se saúde e cuidados pessoais (0,70%), impulsionado por itens de higiene (1,17%), e despesas pessoais (0,80%), puxadas por jogos de azar (3,60%). O vestuário (1,09%) registrou a maior alta, com destaque para roupas femininas (1,40%), como blusas (2,51%).

O grupo transportes (0,28%) voltou a subir após queda em julho (-0,44%), com destaque para a gasolina (1,25%), que havia caído fortemente no mês anterior (-3,86%).

INPC registra segunda deflação seguida em Salvador

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) da RMS registrou deflação de -0,15% em agosto, a segunda consecutiva, após recuo de -0,02% em julho. O resultado ficou abaixo do IPCA regional (-0,08%), mas acima da média nacional (-0,21%). Entre os 16 locais pesquisados, Salvador teve o 10º menor índice, sendo que apenas uma área não registrou queda.

O INPC, que mede a inflação para famílias com rendimento de até 5 salários mínimos, acumula alta de 2,93% em 2025 na RMS, abaixo do índice nacional (3,08%) e na 11ª posição entre as regiões. Nos 12 meses encerrados em agosto, o índice ficou em 4,94%, abaixo do nacional (5,05%) e ocupando a 7ª colocação entre os 16 locais.

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