Publicado em 02/07/2025 às 18h33.

Diretor do BC afirma que será preciso aguardar para observar impacto da política monetária

Segundo ele, a Selic em 15% ao ano está em nível restritivo e essa avaliação é um consenso dentro do Copom

Redação
Foto: Rafa Neddermayer / Agência Brasil

 

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, afirmou nesta quarta-feira (2), durante conferência promovida pelo Citi em São Paulo, que a autoridade monetária precisará de “bastante tempo” para observar a evolução dos dados de inflação rumo à meta de 3%, determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Segundo ele, a Selic em 15% ao ano está em nível restritivo e essa avaliação é um consenso dentro do Comitê de Política Monetária (Copom).

“Não existe um número que vá fazer a gente resolver a questão, é sempre uma série, uma construção, e é isso que a gente busca. Então, ‘bastante prolongado’ é que a gente vai precisar de bastante tempo para ver essa série evoluindo para onde a gente quer por ora”, afirmou David.

No último encontro do Copom, o Banco Central elevou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 15% ao ano, e indicou que esse patamar deverá ser mantido por um período prolongado. A decisão refletiu a estratégia de segurar as pressões inflacionárias, mesmo diante de sinais de desaceleração econômica.

Durante o evento, David ressaltou que há indícios de que a política monetária está surtindo efeito e a economia começa a se aproximar do seu potencial. Ele também reiterou que, por força de lei, o BC não tem liberdade para ignorar a meta de inflação, que deve ser perseguida rigorosamente.

O diretor comentou ainda sobre os desafios em torno da análise do juro neutro, o nível de taxa que não estimula nem freia a economia, e mencionou a existência de ruídos que podem ter afetado as estimativas do mercado sobre esse indicador.

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