Dólar fecha em queda a R$ 6,07, influenciado por leilões do BC e aprovação de pacote de gastos

A mínima do dólar ao longo desta sexta-feira (20) foi de R$ 6,04

Redação

O dólar encerrou o dia em queda de 0,81%, cotado a R$ 6,07, nesta sexta-feira (20), marcando o segundo dia consecutivo de desvalorização. Na quinta-feira (19), a moeda americana já havia recuado 2,32%, fechando a R$ 6,12, após uma sessão de forte volatilidade, quando a cotação chegou a R$ 6,30.

A queda foi impulsionada, principalmente, por novos leilões realizados pelo Banco Central (BC). Durante o pregão, o BC interveio duas vezes, injetando US$ 5 bilhões no mercado. A mínima do dólar ao longo do dia foi de R$ 6,04.

A reação positiva dos agentes econômicos também foi influenciada pelo vídeo publicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado do futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e Rui Costa (Casa Civil). No vídeo, Lula elogiou Galípolo e reforçou a importância do combate à inflação, além de negar qualquer interferência no BC. Galípolo assumirá interinamente a presidência do Banco Central neste sábado (21) e oficialmente em 1º de janeiro.

Quanto aos leilões do BC, o primeiro ocorreu logo no início do pregão, com a oferta de US$ 3 bilhões no mercado à vista. Em seguida, houve uma segunda intervenção de US$ 2 bilhões, com compromisso de recompra. Um terceiro leilão de US$ 2 bilhões, previsto para esta sexta-feira, foi cancelado devido a um problema técnico que impediu a oferta da quantia.

Além disso, a aprovação do pacote de gastos no Congresso Nacional também contribuiu para a queda do dólar. O texto agora segue para sanção do presidente Lula.