Publicado em 04/12/2024 às 17h45.

Dólar fecha em queda, a R$ 6,046, após falas de Haddad e dados dos EUA

Criação de vagas no setor privado dos EUA fica abaixo das expectativas

Redação
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

 

O mercado de câmbio teve nesta quarta-feira (4) a segunda sessão seguida de relativo alívio no Brasil, com o dólar fechando em leve baixa, ainda que acima dos 6,00 reais, refletindo o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas durante boa parte do dia, enquanto o pacote fiscal do governo Lula seguia no foco dos investidores, segundo informações do portal InfoMoney.

Haddad fez críticas à forma como parte do mercado financeiro recebeu o pacote fiscal lançado na semana passada e disse que as medidas anunciadas são suficientes para o momento, prevendo a aprovação no Congresso ainda este ano sem descartar a possibilidade de mais ações caso necessário.

No exterior, dados da ADP mostraram que foram gerados 146.000 empregos no setor privado dos Estados Unidos (EUA) em novembro, após avanço revisado para baixo de 184.000 em outubro. Economistas consultados pela Reuters previam que o emprego privado aumentaria em 150.000 posições após um salto de 233.000 em outubro.

 

Qual é a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou o dia com queda de 0,26%, cotado a 6,0469 reais, após ter atingido na segunda-feira o maior valor nominal de encerramento da história, de 6,0652 reais. No ano a divisa dos EUA acumula elevação de 24,64%.

Às 17h04, o dólar para janeiro — o mais líquido no Brasil — cedeu 0,12%, aos 6,0535 reais.

 

Dólar comercial

Compra: R$ 6,046

Venda: R$ 6,046

 

Dólar turismo

Compra: R$ 6,116

Venda: R$ 6,296

 

O que acontece com o dólar hoje?

No início do dia o dólar chegou a oscilar no território positivo, com o mercado à espera de novos dados sobre a economia norte-americana e de uma participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento em Brasília. Às 9h37 o dólar à vista atingiu a cotação máxima de 6,0745 reais (+0,20%).

A perda de força do dólar no exterior e comentários de Haddad no fim da manhã, no entanto, favoreceram o recuo da moeda norte-americana no Brasil, ainda que contido.

Lá fora, dados da ADP mostraram que foram gerados 146.000 empregos no setor privado dos EUA em novembro, após avanço revisado para baixo de 184.000 em outubro. Economistas consultados pela Reuters previam que o emprego privado aumentaria em 150.000 posições após um salto de 233.000 em outubro.

Já o Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) informou que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI) do setor não manufatureiro caiu para 52,1 no mês passado, depois de ter subido para 56,0 em outubro — nível mais alto desde agosto de 2022. Economistas consultados pela Reuters previam uma leitura de 55,5.

A S&P Global informou que seu PMI de serviços atingiu 56,1% em novembro, ante preliminar de 57,0%.

Na esteira dos dados, os rendimentos dos Treasuries perderam força, assim como o dólar ante diversas divisas no exterior.

Já Haddad fez críticas à forma como parte do mercado financeiro recebeu o pacote fiscal lançado na semana passada e disse que as medidas anunciadas são suficientes para o momento, prevendo a aprovação no Congresso ainda este ano, sem descartar a possibilidade de mais ações se necessário.

Neste cenário, o dólar à vista marcou a mínima de 6,0200 reais (-0,70%) às 14h59.

Profissionais ouvidos pela Reuters pontuaram, no entanto, que a desconfiança no pacote fiscal apresentado pelo governo limitava o recuo da moeda norte-americana. No mercado de DIs (Depósitos Interfinanceiros), esta desconfiança, somada à percepção de que a inflação segue pressionada, levou a curva a precificar 44% de chances de a taxa básica Selic subir 100 pontos-base este mês. Atualmente a Selic está em 11,25% ao ano.

No exterior, às 17h09, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subiu 0,02%, a 106,340.

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