Dólar hoje sobe mais de 1% após sete sessões consecutivas de queda
Falas de Haddad e Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas são destaques

O dólar comercial operou com alta nesta sexta-feira (20), em linha com a força ante a maioria de seus pares fortes e emergentes, à medida que investidores ajustam suas posições após sete sessões consecutivas de perdas para a moeda norte-americana no Brasil, de acordo com informações do portal InfoMoney.
Na agenda doméstica, destaque para o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias. O documento deve indicar que o governo está próximo de atingir o limite inferior do intervalo de tolerância da meta de resultado primário (-US$ 28,8 bilhões ou – 0,25% do PIB), apesar da arrecadação abaixo do esperado de algumas medidas de elevação de receitas.
A XP Investimentos acredita que o relatório bimestral de setembro apresentará um bloqueio adicional de despesas ao redor de R$ 5 bilhões, já que a revisão altista em benefícios previdenciários deve ser compensada apenas parcialmente por outros gastos.
Qual a cotação do dólar hoje
O dólar comercial operou com alta de 1,14%, a R$ 5,485 na compra e R$ 5,486 na venda. Já o dólar futuro (DOLFUT) subiu 0,51%, indo aos 5.456 pontos.
Na quinta-feira, o dólar à vista fechou o dia em baixa de 0,71%, cotado a 5,4213 reais.
O Banco Central (BC) fará nesta sessão leilão de até 12.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de novembro de 2024.
Dólar comercial
Compra: R$ 5,485
Venda: R$ 5,486
Dólar turismo
Compra: R$ 5,455
Venda: R$ 5,635
O que aconteceu com o dólar hoje?
Com a falta de fatores domésticos, as atenções se voltaram para o exterior, onde a moeda norte-americana experimentava maior força, recuperando algumas de suas perdas após sessões marcadas pela decisão do Federal Reserve de reduzir a taxa de juros em 50 pontos-base.
O início do ciclo de afrouxamento monetário nos Estados Unidos (EUA) tende a enfraquecer o dólar, uma vez que ele se torna menos atrativo para investimentos com a queda nos rendimentos dos Treasuries.
A divisa americana ganhou força após o Banco do Japão (BOJ) manter as taxas de juros em 0,25% e sinalizar que está criterioso sobre mais aperto monetário, com seu governador Kazuo Ueda se abstendo de dar indicações claras se um aumento nas taxas de juros estava nos planos nos próximos meses.
Os mercados também estavam digerindo dados sobre os preços ao consumidor japonês, divulgados na sexta-feira, que mostraram que a inflação básica subiu para 2,8% em agosto, enquanto a inflação geral atingiu 3,0%.
Com isso, a maior parte da força da moeda norte-americana no exterior vinha de sua relação com o iene. O dólar tinha alta de 0,87% frente à moeda japonesa, a 143,88.
Assim, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,03%, a 100,700.
Em mercados emergentes, o dólar ainda era favorecido por preços de commodities mais fracos nesta sessão, incluindo minério de ferro e petróleo, o que prejudica países exportadores de matérias-primas, como o Brasil.
As commodities têm sofrido com a contínua piora nas perspectivas econômicas da China, maior importador de matérias-primas do planeta, que enfrenta uma crise de demanda doméstica.
“Nós observamos dois dias seguidos de apetite por risco bastante elevado depois da decisão do Fed… então hoje sempre há uma possibilidade dessa correção técnica, como se chama, uma realização de lucros pelos investidores, e prejudica um pouco o desempenho desses ativos arriscados”, disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.
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