Publicado em 28/06/2024 às 18h29.

Dólar se aproxima de R$ 5,60 e fecha 1º semestre com alta de 15% – Ibovespa recua 7,66%

Agentes financeiros também repercutem dados econômicos dos EUA que mostram uma desaceleração na inflação do país

Redação
Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil

 

O dólar se aproxima de R$ 5,60 e o Ibovespa recua nesta sexta-feira (28), com investidores preocupados com a situação fiscal do país e analisando as recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

Pela manhã, Lula criticou novamente o BC e Campos Neto durante uma entrevista, afirmando que a atual taxa básica Selic de 10,5% ao ano é “irreal” dado que a inflação está controlada. Em relação ao câmbio, Lula atribuiu a alta do dólar frente ao real à “especulação com derivativos”.

Por outro lado, Campos Neto, após afirmar no dia anterior que os pronunciamentos de Lula têm impactado negativamente os preços, declarou nesta sexta-feira que ajustes fiscais muito focados no aumento de receita são menos eficientes e podem resultar em menor investimento, menor crescimento econômico e inflação mais alta.

O dólar encerrou o dia com um aumento significativo de 1,5%, sendo negociado a R$ 5,590 na venda. Com esse resultado, a moeda acumulou uma alta de 6,47% no mês e um salto de 15,2% no primeiro semestre do ano.

A pressão sobre os mercados fez o Ibovespa recuar 0,32% na sessão, fechando aos 123.906 pontos. No mês, o índice valorizou 1,47%, mas desde o início do ano, acumulou uma perda de 7,66%.

Durante a entrevista à rádio FM O Tempo, de Minas Gerais, Lula reiterou suas críticas ao Banco Central e a Roberto Campos Neto, mencionando que a taxa Selic de 10,5% ao ano é “irreal” frente à inflação controlada. Ele também destacou que Campos Neto foi indicado pelo governo anterior de Jair Bolsonaro e afirmou que o presidente do BC “não está fazendo o que deveria fazer corretamente”.

Ao tratar do câmbio, cobrou providências do BC. “Por que o dólar está subindo? Porque tem especulação com derivativos na perspectiva de valorizar o dólar e desvalorizar o real. E o Banco Central tem a obrigação de investigar isso”, disse.

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