Dólar se aproxima dos R$ 5,80 e Ibovespa cai com aversão global ao risco
Movimento de selloff nos mercados globais acontece em preocupações sobre desempenho da economia dos EUA

O dólar tem forte alta nesta segunda-feira (5), ampliando seus ganhos no ano, em meio à piora do sentimento no mercado global, que leva investidores a buscarem ativos considerados “porto seguro”, dada a preocupação com um pouso forçado nos Estados Unidos (EUA), de acordo com informações do portal Bloomberg Línea.
A moeda americana era negociada a R$ 5,77, com alta de 0,75%. A cautela também tomava conta da bolsa brasileira, que cedeu 1,64%, aos 123.790 pontos, no mesmo horário.
A sessão é de queda generalizada na bolsa, caso das baixas da ordem de 2,5% da Vale (VALE3) e de 1,5% e 1,9% dos papéis da Petrobras (PETR4).
À medida que as preocupações sobre uma desaceleração econômica nos Estados Unidos se intensifica, os traders aumentaram as apostas de que o Federal Reserve intervirá com um corte de emergência na taxa de juros, colocando as chances em 60% para uma redução de 0,25 ponto percentual antes da próxima reunião, em setembro.
O movimento acontece após dados divulgados na sexta-feira (2) mostrarem o enfraquecimento do mercado de trabalho nos EUA, o que acionou um indicador de recessão amplamente monitorado pelo mercado.
Os índices futuros dos Estados Unidos tinham forte queda pela manhã: o S&P 500 futuro caía 3,58%, enquanto o Nasdaq futuro cedeu 4,91% no mesmo horário. Na Ásia, as ações japonesas tiveram a maior queda em uma década.
No Brasil, o relatório Focus, do Banco Central (BC) voltou a apresentar uma revisão para cima nas projeções para a inflação e para o crescimento da economia brasileira.
A expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 4,10% para 4,12%, enquanto as estimativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) foram para 2,20%, ante 2,19% no levantamento anterior.
Para 2025, a projeção dos economistas do BC é de crescimento de 1,92% da atividade brasileira, abaixo da expansão de 1,94% esperada na semana anterior.
Nos próximos dias, destaque para a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), para os dados do IPCA de julho e para a safra de balanços do segundo trimestre, com os números de empresas como Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Petrobras.
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