Dólar sobe a R$ 5,80 com atenção do mercado a tarifas de Trump e inflação no Brasil
Trump disse que vai impor uma tarifa de 25% sobre todos os produtos do México e Canadá, e uma tarifa adicional de 10% sobre produtos da China
O dólar fechou a terça-feira (26) praticamente estável ante o real, com o mercado ainda à espera do pacote de medidas fiscais do governo Lula, enquanto no exterior a moeda norte-americana avançava ante boa parte das demais divisas de emergentes, em meio às promessas do presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, de elevar tarifas de importação, de acordo com informações do portal InfoMoney.
Qual é a cotação do dólar hoje?
O dólar à vista fechou o dia com leve alta de 0,10%, cotado a 5,8096 reais. Em novembro a divisa acumula elevação de 0,49%.
Às 17h05 o dólar para dezembro — o mais líquido atualmente no Brasil — subia 0,09%, aos 5,8085 reais.
Dólar comercial
Compra: R$ 5,809
Venda: R$ 5,809
Dólar turismo
Compra: R$ 5,859
Venda: R$ 6,039
O que aconteceu com o dólar hoje?
A moeda norte-americana atingiu o pico do dia logo na abertura, na esteira das promessas de Trump de impor tarifas maiores sobre os produtos de alguns de seus principais parceiros comerciais.
Trump disse que em seu primeiro dia no cargo adotará uma tarifa de 25% sobre todos os produtos do México e do Canadá. Em relação à China, prometeu uma taxa adicional de 10% sobre os produtos.
Às 9h02, logo após a abertura, o dólar à vista atingiu a máxima de 5,8280 reais (+0,42%), acompanhando o avanço visto no exterior. Ainda na primeira meia hora de negócios, porém, a divisa registrou a mínima do dia, de 5,7808 reais (-0,39%), às 9h30. Ao longo da sessão, a moeda norte-americana retornou para perto da estabilidade.
A expectativa de que o pacote fiscal a ser anunciado pelo governo possa de fato contribuir para o equilíbrio das contas públicas era um fator para a queda das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) de longo prazo nesta terça-feira, mas não conseguiu sustentar um dólar em baixa.
“Temos um pacote fiscal que parece que está vindo, um petróleo que chegou a subir e um minério de ferro subindo, com açúcar e café em alta”, citou Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research.
“Tudo isso seria (motivo para um) dólar mais depreciado (ante o real). Mas mesmo com o pacote fiscal vai ser um desafio controlar o dólar, porque ele está ganhando força globalmente”, ressaltou.
Operador ouvido pela Reuters pontuou que a expectativa pelo pacote fiscal — cuja divulgação vem se arrastando nas últimas semanas — também travava as cotações nesta terça-feira, deixando pouco espaço para altas ou quedas mais intensas.
No exterior, o dólar seguia no fim da tarde em alta firme ante moedas como o peso mexicano, o dólar australiano e o rand sul-africano. Porém, após o forte avanço do início do dia sob influência de Trump, o dólar cedia ante uma cesta de moedas fortes.
Às 17h20, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,32%, a 107,010.
No fim da manhã o Banco Central vendeu todos os 15.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 2 de janeiro de 2025.
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