Publicado em 13/12/2024 às 18h17.

Dólar sobe e fecha em alta a R$ 6,03, apesar de intervenção do Banco Central

Apesar da alta no dia, o dólar comercial acumulou uma queda semanal de 0,60%

Redação
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

 

 

O dólar, que iniciou a sessão em queda, reverteu o movimento e encerrou a sexta-feira (13) em alta de 0,43%, cotado a R$ 6,03. A valorização foi impulsionada pela atenção dos investidores ao cenário doméstico, marcado pela expectativa em torno da aprovação do pacote fiscal no Congresso Nacional e pelas mudanças recentes na reforma tributária. Apesar da alta no dia, o dólar comercial acumulou uma queda semanal de 0,60%.

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que recentemente elevou a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, continua a impactar o mercado, assim como o estado de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e novos indicadores econômicos nacionais e internacionais.

O Banco Central (BC) realizou um leilão extraordinário de dólares à vista, vendendo US$ 845 milhões a uma taxa de R$ 6,02, com nove propostas aceitas. A operação reduziu momentaneamente a pressão sobre a moeda americana, afastando-a da máxima do dia, de R$ 6,0770. No entanto, o dólar retomou a alta após o leilão, contribuindo para a elevação dos juros futuros e intensificando a queda do Ibovespa.

Por volta das 17h10, o principal índice da bolsa brasileira registrava uma queda de 0,78%, aos 125.061,49 pontos, com um volume financeiro projetado de R$ 15,3 bilhões. A desvalorização foi atribuída a um cenário desafiador, tanto no âmbito interno quanto no externo.

No Brasil, o mercado avalia com ceticismo o pacote fiscal em discussão no Congresso, considerado frágil e suscetível a alterações. Embora o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, tenha demonstrado otimismo em relação à aprovação antes do recesso parlamentar, a percepção é de que o prazo apertado e as dificuldades políticas podem comprometer o avanço das medidas.

Externamente, o enfraquecimento das bolsas internacionais e a volatilidade nos preços de commodities, como petróleo e metais, pressionaram ações relevantes, como Vale e Petrobras, acentuando a queda do Ibovespa.

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