Publicado em 11/04/2025 às 10h45.

Economia brasileira cresce 0,4% em fevereiro, mas ritmo desacelera

Indicador considerado prévia do PIB mostra alta menor em relação a janeiro; agropecuária lidera crescimento setorial

Redação
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A economia do Brasil registrou crescimento de 0,4% em fevereiro na comparação com janeiro, conforme dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgados pelo BC nesta sexta-feira (11).

Apesar do avanço, o resultado representa uma desaceleração em relação a janeiro, quando o indicador teve alta de 0,9%.

O IBC-Br é um indicador considerado como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Ele reúne estimativas de desempenho dos setores agropecuário, industrial e de serviços. O cálculo é ajustado sazonalmente, permitindo comparações entre diferentes períodos.

O índice também é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central na definição da taxa básica de juros, a Selic.

O PIB representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos em um país. Quando há crescimento, indica um bom ritmo de atividade econômica; quando há queda, reflete retração da produção.

Na comparação com fevereiro de 2024, o IBC-Br cresceu 4,1%, sem ajuste sazonal. No acumulado de 12 meses até fevereiro, houve variação positiva de 3,8%.

Entre os setores produtivos, a agropecuária teve o maior crescimento, com alta de 5,6%. O setor de serviços cresceu 0,2%, enquanto a indústria foi o único segmento com retração no mês, com queda de 0,8%.

Analistas apontam para uma possível desaceleração do crescimento econômico em 2025, influenciada pelos juros elevados e pela inflação persistente — fatores que preocupam a equipe econômica do governo Lula (PT).

Segundo o Boletim Macrofiscal do Ministério da Fazenda, que apresenta projeções de curto e médio prazo utilizadas na elaboração do orçamento público, a expectativa de crescimento do PIB para 2025 é de 2,3%.

O Banco Central projeta uma expansão de 1,9% para este ano. Já o relatório Focus, com estimativas do mercado financeiro, prevê alta de 1,97% em 2025 e de 1,60% em 2026.

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