Em 2024, taxa de desocupação na Bahia cai para 10,8%, mas segue a maior do país
Estado registra a menor taxa de desocupação em uma década, mas ainda lidera ranking nacional
![](https://d1x4bjge7r9nas.cloudfront.net/wp-content/uploads/2024/12/27181704/emprego.png)
No 4º trimestre de 2024, a taxa de desocupação na Bahia teve uma discreta variação para cima, após ter recuado no 2º e no 3º trimestres do ano, indo a 9,9% (havia sido de 9,7% no trimestre anterior). Ainda assim, foi a menor taxa para um 4º trimestre no estado em dez anos, desde 2014, quando havia sido de 9,8%. Manteve-se, porém, como a 2ª maior dentre as unidades da Federação, abaixo da registrada em Pernambuco (10,2%), pelo terceiro trimestre consecutivo. No ano de 2024, a taxa de desocupação na Bahia foi de 10,8%. Teve uma terceira queda consecutiva, foi a menor, para o estado, em dez anos, desde 2014, quando tinha sido de 9,8%, e a 2ª mais baixa nos 13 anos de série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.
Ainda assim, foi a taxa de desocupação mais alta dentre as unidades da Federação, empatada com a de Pernambuco (10,8%). Manteve-se, também, bem acima do indicador nacional (que foi de 6,6%) e equivaleu a quatro vezes o valor da menor taxa, registrada em Mato Grosso (2,6%). Nos 13 anos da série histórica da PNAD Contínua Trimestral (2012 a 2024), a Bahia esteve sempre entre as quatro maiores taxas de desocupação, tendo liderado o ranking dos estados em quatro momentos: 2016, 2020, 2021 e agora em 2024.
No 4º trimestre de 2024, o município de Salvador teve uma taxa de desocupação ligeiramente menor do que a do estado como um todo (9,7%), o que não ocorria desde antes da pandemia, no 1º trimestre de 2020. O indicador mostrou redução frente ao trimestre anterior (quando havia sido de 11,0%) e foi o menor para um 4º trimestre no município em 12 anos, desde 2012 (quando havia sido de 9,5%). Com isso, no 4º trimestre de 2024, Salvador deixou de ser a capital com a maior taxa de desocupação, posição que ocupava desde o 3º trimestre de 2023, ficando em 4º lugar, atrás de Recife/PE (10,7%), Aracaju/SE (10,4%) e Manaus/AM (9,9%). Salvador fechou o ano de 2024 com uma taxa de desocupação de 12,8%, a menor desde 2015 (12,7%), mas a mais alta entre as 27 capitais brasileiras.
A Região Metropolitana de Salvador (RMS), por sua vez, sustentou, no 4º trimestre de 2024, uma taxa de desocupação mais alta do que a do estado e a da capital: 10,3%. Também houve redução frente ao 3º trimestre (quando o indicador havia sido de 12,9%), e a taxa da RMS foi a mais baixa para um 4º trimestre em toda a série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. Assim, no último trimestre de 2024, a RM Salvador também deixou de ter a taxa de desocupação mais alta entre as 21 regiões metropolitanas investigadas pela PNAD Contínua, posto que ocupava desde o 4º trimestre de 2023. Ficou em 2º lugar, abaixo da RM Recife/PE (10,5%). Em 2024, o indicador para a RM Salvador ficou em 13,1%, sendo a taxa de desocupação anual mais baixa desde 2013 (13,0%), mas também a mais elevada entre as regiões metropolitanas investigadas.
A taxa de desocupação mede a proporção (%) de pessoas de 14 anos ou mais de idade que estão desocupadas (não trabalharam e procuraram trabalho) em relação ao total de pessoas que estão na força de trabalho, seja trabalhando (pessoas ocupadas) ou procurando (desocupadas).
O número de trabalhadores cresceu (+5,7%) pelo 4º ano consecutivo, e o de desempregados caiu (-15,5%) pelo 3º ano seguido na Bahia.
De 2023 para 2024, a taxa de desocupação na Bahia cedeu em razão da manutenção de dois movimentos positivos. Por um lado, aumentou o número de pessoas trabalhando, fosse em ocupações formais ou informais (população ocupada). Por outro lado, o total de desocupados (quem não estava trabalhando, procurou trabalho e poderia ter assumido se tivesse encontrado) teve queda.
Em um ano, o número de trabalhadores no estado cresceu 5,7%, chegando a 6,420 milhões de pessoas, o que representou mais 345 mil pessoas trabalhando no período. Foi o quarto crescimento anual seguido da população ocupada, com aceleração frente ao aumento entre 2022 e 2023 (+0,9%).
Com isso, o número de trabalhadores no estado chegou, em 2024, ao seu recorde na série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.
Além disso, na Bahia, a população desocupada (ou desempregada) seguiu em queda em 2024, recuando 15,5% frente a 2023, chegando a 779 mil pessoas, com menos 143 mil desocupados em um ano.
Foi a terceira diminuição anual consecutiva do número de pessoas procurando trabalho no estado e também a segunda redução mais intensa em toda a série histórica, só perdendo para a verificada entre 2021 e 2022 (-24,8%).
O recuo levou o total de pessoas desocupadas na Bahia ao seu menor patamar desde 2014, quando havia 685 mil pessoas nessa situação.
Mais notícias
-
Economia
18h36 de 14 de fevereiro de 2025
Dólar fica abaixo de R$ 5,70 pela 1ª vez em mais de 3 meses
Moeda norte-americana atingiu R$ 5,69 nesta sexta-feira
-
Economia
18h21 de 14 de fevereiro de 2025
Brasil exportou US$ 11 bilhões em produtos agropecuários em janeiro
União Europeia também registrou aumento de 39,5% em compras, somando 1,89 bilhão de dólares
-
Economia
17h05 de 14 de fevereiro de 2025
Brasil comercializa mais de 133 bi de litros de combustíveis em 2024
Produção nacional de gasolina pura correspondeu a 90% do total da oferta interna
-
Economia
16h00 de 14 de fevereiro de 2025
Pesquisa aponta fatores internos como causa da alta no preço dos alimentos no Brasil
Estudo destaca impacto do dólar e do clima na elevação dos preços em 2024
-
Economia
14h06 de 14 de fevereiro de 2025
Galípolo afirma ainda haver incertezas sobre os impactos do ‘efeito Trump’
Presidente do Banco Central destaca que a falta de clareza sobre as políticas econômicas de Trump gera incertezas que influenciam os preços dos ativos e a valorização do real
-
Economia
12h40 de 14 de fevereiro de 2025
Consumo de etanol cresce no país, enquanto gasolina recua, diz levantamento da ANP
Cerca de 133,1 bilhões de litros de combustíveis líquidos automotivos foram comercializados no Brasil em 2024
-
Economia
12h07 de 14 de fevereiro de 2025
Lula diz que não há mágica nem milagre na economia em meio à crise dos alimentos
Inflação nos alimentos é um dos temas mais martelados pela oposição nas últimas semanas
-
Economia
11h56 de 14 de fevereiro de 2025
Apple e Google restabelecem oferta do TikTok nos EUA após carta do governo Trump
O aplicativo foi retirado do ar no país, em janeiro, após uma proibição federal
-
Economia
11h08 de 14 de fevereiro de 2025
Setor de etanol brasileiro questiona medida tarifária de Trump
A imposição de reciprocidade nas tarifas, que afeta o etanol, desperta críticas e preocupa o setor quanto aos impactos nas políticas climáticas