Publicado em 07/02/2022 às 20h00.

Em janeiro, exportações baianas cresceram 19%

Apesar da alta, a balança comercial do estado teve déficit, devido ao incremento significativo das importações

Redação
Foto: Carol Garcia/GOVBA
Foto: Carol Garcia/GOVBA

 

Apesar de as exportações baianas alcançarem US$ 734,2 milhões em janeiro (valor recorde para o mês desde 2012) e alta de 18,9% sobre o mesmo mês de 2021, a balança comercial do estado teve déficit de US$ 787,7 milhões, devido ao incremento significativo das importações, que permanecem em alta, chegando a US$ 1,5 bilhão em janeiro, crescimento de 123,1% comparadas a igual mês de 2021.

As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan).

As compras externas permanecem turbinadas e concentradas em itens de energia, fertilizantes e medicamentos, em uma dinâmica parecida com a dos últimos meses de 2021. Somente o Gás Natural Liquefeito (GNL), usado para abastecer as usinas termoelétricas, teve aumento nas compras de 15.492% no mês, enquanto que os combustíveis como um todo registraram alta de 262,5% e corresponderam a 75,2% das importações baianas em janeiro.

Nas exportações, o principal destaque foi a alta expressiva dos embarques de soja e derivados (235%), cuja safra teve colheita mais tardia no ano passado. Como resultado, as exportações agropecuárias totais aumentaram 62,5% no mês.

Já as exportações da indústria extrativa recuaram 58,5%, abaladas por reduções das vendas de magnesita e metais preciosas. Já a indústria de transformação acusou crescimento de 21%, sempre comparando-se ao mesmo mês de 2021.

Apesar de continuar a liderar como destino, as exportações para a China em janeiro tiveram redução de 24,1%, com perda de fôlego nos embarques de celulose, algodão, minerais e carnes de animais das espécies cavalar (em cumprimento à decisão da Justiça Federal, que decidiu suspender o abate de jumentos no Brasil para exportação à China).

A explosão nas importações deve arrefecer ao longo do primeiro semestre, tanto pelo lado da demanda doméstica, já que a disseminação da ômicron é fator de preocupação, como também pelo aperto monetário em curso e o panorama de incertezas, diante dos riscos fiscais e políticos, que devem se materializar em baixo dinamismo econômico, e que deve restringir as importações.

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