Publicado em 19/06/2016 às 12h00.

Energia eólica já abastece mais de 30% do nordeste

Enquanto no mundo, as usinas eólicas produzem cerca de 25% da capacidade anual, somente em uma cidade do Ceará esse porcentual é mais que o dobro

Ana Lucia Andrade
usinas eólicas (Fotos: Aluísio Moreira SEI)
usinas eólicas (Fotos: Aluísio Moreira SEI)

 

O vento forte, que não para de soprar fez da pequena Icaraí de Amontada, na costa oeste do Ceará, uma ilha de usinas eólicas Elas geram energia elétrica usando a força dos ventos. Ali, para qualquer lado que se olhe, modernas e gigantescas torres de quase 150 metros de altura – do tamanho de um prédio de 42 andares – destoam do cenário rústico da antiga vila de pescadores, com suas dunas, praias e lagoas.

Reduto de atletas estrangeiros praticantes de kitesurf e windsurf, a comunidade, de 2,4 mil habitantes, entrou para a lista dos melhores ventos do Brasil e ajudou a elevar a participação da energia eólica para mais de 30% do consumo do nordeste.

Os parques instalados na região de Amontada estão entre os mais eficientes do planeta. Enquanto no mundo, as usinas eólicas produzem, em média, 25% da capacidade anual, no Complexo de Icaraí esse porcentual é mais que o dobro. As 31 torres que compõem o parque produzem 56% da capacidade anual. Para ter ideia do que isso significa, nos Estados Unidos, esse indicador é de 32,1%; e na Alemanha, uma das maiores potências eólicas do mundo, de 18,5%. “O vento no nordeste é muito diferenciado”, afirma Luciano Freire, diretor de engenharia da Queiroz Galvão Energia, dona do complexo eólico de Icaraí.

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