‘Estatais’ vivem boa fase na Bolsa? Veja quais são as apostas de analistas
Companhias com participação do governo, seja federal ou estadual, combinam risco de intervenção com pagamento de bons dividendos
Dentre as maiores companhias da Bolsa brasileira, estão presentes as estatais, empresas de capital misto – ou seja, tem participação privada e de governo –, como são os casos de Petrobras (PETR4) e de Banco do Brasil (BBAS3), que estão entre as mais negociadas, inclusive, da B3, de acordo com informações do portal InfoMoney.
Há aquelas que não devem figurar no grupo por muito tempo, no grupo das estatais, como a Sabesp (SBSP3), já em vias de privatização, e a Cemig (CMIG4). No caso da companhia mineira, a desestatização é uma ideia do governador Romeu Zema, que ainda parece um pouco mais distante da concretização.
Sobre a quase “ex-estatal” paulista de saneamento, analistas consideram que ela tem sido impulsionada exatamente por este movimento de privatização. Para Gustavo Cruz, estrategista chefe da RB Investimentos, o cenário parece positivo à frente para Sabesp, com a empresa podendo ganhar mercado em segmentos ainda inexplorados.
Estatais: intervenção “precificada”
As estatais que contam com participação expressiva do governo tendem a ter essa presença precificada em seus papéis, como comentam analistas sobre o Banco do Brasil. A intervenção governamental é, por exemplo, um dos principais riscos elencados para a Petrobras.
“Banco do Brasil, assim como BB Seguridade, vem apresentando números consistentes em seus resultados, demostrando um amplo espaço de crescimento e geração de caixa. Seus proventos tendem a ganhar ainda mais destaques no cenário mais recente, se tornando este, talvez, o banco com melhor cenário atual de nossa bolsa, onde também recentemente suas ações atingiram novas máximas de cotação”, comenta Alex Carvalho, analista CNPI da CM Capital.
Dividendos
De acordo com a plataforma de dados Economatica, em relação aos dividendos pagos, entre as maiores estatais federais, o Banco do Brasil se destaca, assim como a Petrobras.
O primeiro foi responsável pela distribuição de cerca de 10% nos últimos 12 meses enquanto a petroleira teve dividend yield de cerca de 17,5%, a depender do tipo de papel.
Outros nomes da lista, como BBSeguridade (BBSE3) e a Cemig também apresentam boas taxas, com dividend yield de 8,84%, para o primeiro, e cerca de 9% para a segunda, a depender da classe do papel.
Índice de preço sobre lucro (P/L)
É um índice usado para avaliar se o preço das ações de uma empresa está caro ou barato. O preço analisado é sempre o valor por ação que está divulgado na bolsa em um certo momento. Já o lucro é o ganho líquido por cada uma das ações neste mesmo período.
Um P/L alto pode indicar que a ação está cara em relação ao seu lucro, enquanto um P/L baixo pode indicar que está barata. No entanto, é importante comparar o P/L com o de outras empresas do mesmo setor e considerar o crescimento esperado dos lucros.
Enterprise Value (EV/Ebitda)
O Enterprise Value é a soma do valor de mercado das ações de uma companhia com a dívida líquida dessa empresa. O valor é obtido ao multiplicar o número de ações emitidas pelo preço da ação em determinado momento.
EM síntese, o EV/Ebitda ajusta o valor de mercado da empresa pelo seu endividamento e caixa, oferecendo uma visão mais completa. Um EV/Ebitda baixo pode indicar que a empresa está subvalorizada.
P/VPA
O P/VPA corresponde ao preço de uma ação dividido pelo valor patrimonial correspondente a ela, sendo esse o indicador que diz o quanto os investidores estão dispostos a pagar pelo patrimônio líquido da empresa.
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