Publicado em 22/08/2024 às 13h52.

Estouro de quase R$ 200 trilhões deve provocar bom no preço do Bitcoin

Criptomoeda deve ter rali para rivalizar com ouro, que testa níveis históricos de alta

Redação
Foto: Pixabay

 

O preço do bitcoin oscilou muito nas últimas semanas. Depois de cair da máxima histórica de mais de US$ 70 mil (R$ 385 mil), atingida em março deste ano, a criptomoeda recuperou-se para a marca de US$ 60 mil (R$ 330 mil) recentemente, de acordo com informações da Forbes Brasil.

Por um lado, aumentam os temores sobre a crescente dívida pública de US$ 35 trilhões (R$ 192 trilhões) dos Estados Unidos (EUA). Ao mesmo tempo, o bilionário Elon Musk alerta sobre a “destruição” do dólar, o que poderia “levar o país à falência”.

De outro, os investidores se preparam para o plano radical que o ex-presidente Donald Trump apresentou para acabar com a trilionária dívida dos EUA. Em reação aos relatos, o dólar atingiu seu nível mais baixo desde o início do ano. Esse movimento criou temores de um colapso ainda maior nos cofres públicos da Casa Branca, com potencial impacto no preço do bitcoin.

“O Bitcoin se tornou um ativo de US$ 1 trilhão (R$ 5,5 trilhões) durante um período em que o dólar estava excepcionalmente forte”, disse Zach Pandl, diretor administrativo de pesquisa da gestora de bitcoins e criptomoedas Grayscale, à DL News.

“Você sabe o que vai acontecer com esse ativo quando tivermos um período de depreciação sustentada do dólar?”, perguntou Pandl, sugerindo que haverá um bom no preço do bitcoin.

 

Bitcoin x dólar

O declínio do dólar nos últimos meses ocorre enquanto os investidores aguardam o sinal do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, de que haverá corte na taxa de juros dos EUA no mês que vem. A expectativa é de que a sinalização ocorre durante seu aguardado discurso na reunião do simpósio econômico de banqueiros centrais de Jackson Hole, na sexta-feira (23).

“O mercado está esperando um pouso suave [da economia dos EUA] e cortes nos juros pelo Fed. Isso é negativo para o dólar”, resume Athanasios Vamvakidis, chefe de estratégia de câmbio do G10 no Bank of America, ao Financial Times. Para ele, o dólar “ainda está supervalorizado”.

Pouco antes do meio-dia desta quinta-feira (22), a moeda norte-americana recuperava terreno ante o real e subia mais de 1%, voltando a ser cotada acima de R$ 5,50. Na venda, a alta era de 1,27%, a R$ 5,5558.

Além da fraqueza esperada para o dólar americano, os investidores também estão apostando na continuidade dos gastos dos EUA, o que aumentará a dívida atual de US$ 35 trilhões,. Essa expectativa independe quem será o vencedor nas eleições presidenciais em novembro. Assim, tanto faz se o ex-presidente e candidato republicano Donald Trump retomar à Casa Branca ou se a vice-presidente Kamala Harris vencer pelo Partido Democrata.

“À medida que o mercado se prepara para lidar com qualquer candidato que vença, haverá mais quatro anos de política fiscal imprudente nos EUA. A história é que o bitcoin realmente irá atingir seu ritmo. Então somos compradores aqui. Achamos que ele se recupera”, pontuou o chefe de pesquisa de cripto da VanEck, Matthew Sigel, à CNBC .

Vale lembrar que os investidores institucionais “compraram a queda” do bticoin no segundo trimestre deste ano. Para o diretor de investimentos da gestora de ativos Bitwise, Matt Hougan, isso é um “ótimo sinal”.

Alguns especialistas apostam que o sucesso contínuo dos ETFs sustentará o preço da criptomoeda até 2025. A alta do preço do bitcoin neste ano foi amplamente impulsionada pela tão esperada chegada dos fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista em Wall Street.

 

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