Exportações baianas crescem 3,5% em outubro e alcançam US$ 756,3 mi
Valor é 3,5% maior do que o registrado em outubro de 2017, aponta levantamento da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia
As exportações baianas alcançaram US$ 756,3 milhões em outubro, terceiro melhor resultado mensal do ano, segundo informações da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). O valor é 3,5% maior do que o registrado em outubro de 2017.
De acordo com o levantamento, nos dez meses de 2018, as exportações do estado chegaram a US$ 6,95 bilhões —um aumento de 3,2% na comparação com o mesmo período de um ano atrás. Já as importações foram a US$ 669,6 milhões no mês passado, ficando 18,2% menores que em outubro/2017. No ano, entretanto, o crescimento das importações supera o das exportações, alcançando 6,6%, o que corresponde a US$ 6,40 bilhões.
De a cordo com a SEI, o crescimento nas exportações baianas em outubro foi puxado pelo aumento nas vendas de derivados de petróleo, soja, petroquímicos e celulose.
As vendas externas de derivados de petróleo, principalmente óleo diesel, aumentaram 780% em outubro, alavancadas pelo aumento de 60% nos preços do produto, comparados a outubro do ano passado.
Embora a soja esteja no final do escoamento da safra, os embarques ainda têm sido fortes —469,5 mil toneladas em outubro – com receitas de 182,1 milhões, 2,2% acima de outubro do ano passado.
No ano, as vendas do setor (soja e derivados), alcançaram US$ 1,49 bilhão, com 12,4% de crescimento e a liderança da pauta de exportações do estado. O bom desempenho no ano deve-se tanto pelo crescimento no volume exportado (5,2%), que teve safra recorde, bem como a preços melhores no mercado internacional (7% maiores comparados a jan/outubro de 2017).
Por outro lado, houve queda nas exportações de automóveis de passageiros (7,2%) e produtos metalúrgicos (38,7%). Isso teria principalmente pela crise por que passa a Argentina, país que recebe mais de 80% das exportações baianas de veículos e da desaceleração já em curso na China, por conta das tensões com os EUA, destino de 45% das vendas de metalúrgicos.
Importações
Depois de três meses de alta consecutiva, as importações registraram queda de 18,2% em outubro quando comparada ao mesmo mês de 2017, de acordo com dados da SEI. Foi determinante para queda as compras menores de combustíveis (gás e nafta) em 61,7% e de bens intermediários (-17,5%), principalmente de minério de cobre, fertilizantes e borracha.
No acumulado do ano, as importações atingiram US$ 6,40 bilhões com crescimento de 6,6%.
Em razão da lenta recuperação da economia e do pouco dinamismo na produção da indústria (crescimento de apenas 0,2% até setembro) as compras externas de insumos e matérias primas estão estáveis em relação ao mesmo período do ano passado, registrando avanço de 0,3%, enquanto que as importações de combustíveis e de bens de capital são as responsáveis pelo crescimento no ano com incrementos de 42,3 e 27,2%, esse último sendo positivo por representar investimento das empresas em capacidade produtiva (máquinas e equipamentos).
Mesmo crescendo o dobro das exportações no ano, as compras externas ainda estão longe de recuperar o tombo registrado nos dois anos de recessão, reflexo ainda da baixa atividade econômica.
Com os resultados apurados até outubro, a Bahia acumula um superávit de US$ 553 milhões em sua balança comercial, 24,8% menor que no mesmo período do ano passado, enquanto que a corrente de comércio exterior (soma das exportações e importações) atingiu US$ 13,35 bilhões, 4,8% acima do mesmo período de 2017.
Mais notícias
-
Economia
21h40 de 13 de dezembro de 2024
BC anuncia novo leilão de dólar na segunda, após moeda fechar acima de R$ 6
Serão ofertados R$ 3 bilhões das 10h20 às 10h25, com recompra em 6 de março de 2025
-
Economia
18h17 de 13 de dezembro de 2024
Dólar sobe e fecha em alta a R$ 6,03, apesar de intervenção do Banco Central
Apesar da alta no dia, o dólar comercial acumulou uma queda semanal de 0,60%
-
Economia
17h37 de 13 de dezembro de 2024
Mesmo com intervenção do BC, dólar fecha em alta, a R$ 6,03
Atenções dos investidores continuam voltadas sobre o cenário fiscal do país
-
Economia
17h07 de 13 de dezembro de 2024
Banco Central vende US$ 845 mi em leilão à vista
O leilão foi anunciado quando a moeda atingiu sua cotação máxima na sessão, a R$ 6,077
-
Economia
16h27 de 13 de dezembro de 2024
Bancos suspendem contratação de empréstimo consignado por correspondentes
Na quinta-feira (12), o Banco do Brasil, o BMG e o Pan já tinham anunciado a interrupção da oferta.
-
Economia
16h27 de 13 de dezembro de 2024
IBC-Br de outubro reforça atividade aquecida e consolida apostas de PIB de 3,5%
Especialistas destacam a resiliência da atividade real, o forte mercado de trabalho e o robusto crescimento da renda real disponível das famílias
-
Economia
15h48 de 13 de dezembro de 2024
BNDES apoia ampliação do aeroporto de Natal em emissão de debêntures de R$ 260 milhões
Investimentos incluem a ampliação, manutenção e exploração da infraestrutura do Aeroporto Internacional de Natal, em São Gonçalo do Amarante
-
Economia
15h17 de 13 de dezembro de 2024
Produção industrial baiana cresce de setembro para outubro deste ano
O estado também registrou um aumento frente ao mesmo período de 2023
-
Economia
13h20 de 13 de dezembro de 2024
Café capixaba bate recorde de exportação em 2024 e segue firme para 2025
De janeiro a novembro, exportações de café capixaba beiraram 8 milhões de sacas
-
Economia
12h59 de 13 de dezembro de 2024
Altas do dólar podem afetar mercado de beleza e cuidados em 2025, afirma Boticário
Apesar disso, previsão do grupo é de alcançar a marca de R$ 50 bilhões em vendas brutas até 2028