Publicado em 26/09/2024 às 13h10.

Falta de chuvas e queimadas devem elevar preços nos supermercados, afirma vice da Abras

Verduras, legumes, carne bovina, leite, café e açúcar já sentem pressão de preços pelos efeitos do clima

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

A falta de chuvas no Brasil somada as constantes queimadas devem elevar os preços de alimentos nos supermercados já nos próximos dias, é o que afirmou o vice-presidente institucional da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Marcio Milan, nesta quinta-feira (26). Ele cita verduras e legumes, que têm ciclo mais curto de produção, bem como carne bovina, leite, café e açúcar, como itens que já sentem pressão de preços por esses efeitos do clima.

Segundo matéria do Estadão, apesar disso, Milan ainda vê os próximos meses como otimistas para o setor supermercadista, visto que indicadores macroeconômicos como o emprego seguem positivos. O consumo de itens de supermercado nos lares brasileiros cresceu 1,16% em agosto, na comparação com o mesmo período de 2023, segundo a Abras. No acumulado no ano, a alta é de 2,54% e a projeção de crescimento do setor para o ano é de 2,5%.

A Abrasmercado, cesta de 35 produtos de largo consumo, fechou agosto em R$ 732,82, com alta de 2,13% no acumulado de 12 meses e de 1,42% no acumulado de 2024. Na comparação com o mês de julho, houve queda de 1,32%. No entanto, Milan afirma que a entidade acompanha de perto a questão das casas de apostas online e vem tratando do assunto em conjunto com as parlamentares e ao governo, visto a seriedade do assunto.

“O próprio governo tem trazido dados importantes. O dinheiro do Bolsa Família tem sido destinado às apostas”, diz. Para ele, é imprescindível que o assunto seja encaminhado pelo governo antes de janeiro de 2025, quando começaria a valer a legislação aprovada no Congresso.

Ele diz não acreditar, porém, que os gastos com bets possam prejudicar o crescimento do setor supermercadista no ano. “Já alcançamos previsão de crescimento para o ano”, diz. No acumulado de janeiro a agosto, o setor cresceu 2,54%, enquanto a projeção da entidade é de alta de 2,5% para o ano de 2024.

 

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