Publicado em 14/02/2025 às 06h49.

Fazenda prevê queda da inflação dos alimentos com melhora nas safras e aumento da oferta de carne

Projeções macroeconômicas para 2025 foram apresentadas na quinta-feira (13)

Redação
Foto: Marcelo Camargo

 

A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda apresentou na quinta-feira (13) projeções macroeconômicas para o país em 2025. Segundo informações da pasta, a inflação dos alimentos deverá ceder até o fim do ano e apresentar recuo em detrimento de um cenário climático melhor, de safras recordes, e do fim da reversão do ciclo do abate de bovinos.

“A gente está vendo que, por exemplo, uma safra muito favorável de soja, uma safra muito favorável de arroz e feijão, vai ajudar [a conter] os preços de cereais, leguminosas, derivados da soja. Estamos vendo também que, a partir de março, a projeção é de neutralidade climática, o que tende a ajudar o preço de frutas e hortaliças, entre outras”, afirmou a subsecretária de Política Macroeconômica, Raquel Nadal.

O comportamento do preço da carne em 2025, segundo a subsecretária, terá um papel crucial no resultado da inflação dos alimentos. O preço do produto deverá desacelerar em razão do fim da reversão do ciclo do abate, período em que as vacas são destinadas ao abate, após a retenção delas para procriação e a entrada dos bezerros no mercado, que aumentará a oferta de animais para o mercado.

A subsecretária frisou que os preços do café e do leite subiram em 2024 impactados pelas estiagens e queimadas no segundo semestre do ano. Já a inflação no preço da laranja ocorreu, segundo ela, devido ao greening, doença que prejudica a produção de cítricos.

O maior choque nos preços de alimentos no ano passado, de acordo com a subsecretária, veio em razão da reversão do ciclo de abate de bovino, de agosto em diante. A queda no abate, somado ao forte crescimento das exportações em 2024, levou a uma alta de mais de 19% no preço das carnes bovinas.

Para 2025, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda projeta elevação de 4,8% no Índice Nacional de Preços aos Consumidor Amplo (IPCA), variação similar à observada em 2024.

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