Publicado em 02/05/2024 às 12h52.

Fernando Haddad recomenda artigo de defensor do aumento da carga tributária

Economista da FGV recomendado pelo ministro da Fazenda defende aumento de alíquotas e redução de renúncias e gastos tributários, além de corte de despesas

Redação
Foto:Wilson Dias/Agência Brasil

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recomendou nesta quinta-feira (2) um artigo do economista Bráulio Borges, da Fundação Getulio Vargas (FGV), que defende aumento de carga tributária, por meio do aumento de alíquotas, elevação da progressividade de alguns tributos, ampliação de bases de incidência e redução de renúncias e gastos tributários. A informação é de uma reportagem do Metrópoles.

“Recomendo este artigo de Bráulio Borges, economista da FGV, sobre a dinâmica recente das contas públicas”, publicou Haddad nas redes sociais, com link para o artigo.

O Metrópoles aponta que no trabalho acadêmico, o economista também sai em defesa da redução de despesas em porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB), da preservação dos investimentos públicos e da redução do déficit primário do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), hoje em quase 3% do PIB.

“Em primeiro lugar, acho importante apontar que a busca por algum aumento de carga me parece ser adequado, por várias razões. Uma delas é o fato de que parte da deterioração fiscal estrutural brasileira observada na década passada adveio de uma redução da carga bruta federal”, escreve o economista.
O Metrópoles acrescenta que de acordo com Borges, esse processo de redução da carga no Brasil teve início em dezembro de 2007, quando o Congresso não prorrogou a vigência da CPMF, tributo que arrecadava cerca de 1,3% do PIB por ano desde 2000.

O economista prossegue dizendo que nos anos de 2013 e 2014, à luz das Jornadas de Junho e sob influência do ciclo político-eleitoral, houve um “ciclo de populismo fiscal”, com ampliação do Simples Nacional (e, portanto, das renúncias fiscais associadas ao programa) e uma “postura negligente do Executivo” entre 2017 a 2019. Na época, o país era governado pela petista Dilma Rousseff, que sofreu impeachment em 2016 e foi substituída por Michel Temer (MDB), complementa o Metrópoles.

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