Galípolo destaca adesão ao Pix como chave para seu sucesso no Brasil

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou nesta quinta-feira (6) que a confiança e a adesão maciça da população brasileira ao Pix foram essenciais para consolidar o sistema instantâneo de pagamento e transferências, criado pela autoridade monetária, como o meio predominante nas transações entre pessoas físicas no Brasil.

Galípolo participou de uma conferência sobre meios de pagamento na Cidade do México. Durante sua fala, o presidente do BC não abordou questões relacionadas à política monetária.

“A integração financeira tem sido uma prioridade da agenda de inovação que o Banco Central do Brasil tem implementado nos últimos anos”, afirmou Galípolo no início de seu discurso.

“A principal inovação é o nosso sistema de pagamento instantâneo, o Pix. Algumas pessoas do Banco Central dizem que falamos demais sobre o Pix, mas nós realmente gostamos de falar sobre ele”, brincou o presidente do BC.

De acordo com dados do BC, o Pix alcançou 172,5 milhões de usuários cadastrados no final de janeiro, um aumento em relação aos 171,5 milhões registrados no final do ano passado. Até 31 de janeiro de 2025, haviam sido cadastradas mais de 828 milhões de chaves Pix. No primeiro mês deste ano, mais de 5 milhões de transações foram realizadas via Pix no país.

“A criação de uma base sólida de usuários foi fundamental para o sucesso do Pix. Para alcançar esse objetivo, o BC utilizou seu mandato legal para obrigar grandes instituições a adotarem o Pix, criando assim uma base significativa de usuários”, destacou Galípolo.

De acordo com o presidente do BC, “o Pix tem o potencial de facilitar a integração entre diversos sistemas de pagamento instantâneo” e que “a tecnologia não é mais um obstáculo para isso”.

“Nós acreditamos que a tecnologia não só traz eficiência e modernização, mas também aprimora as ferramentas para a inclusão financeira”, afirmou Galípolo.

“Identificamos, desde o começo, a necessidade das pessoas por soluções financeiras e sistemas de pagamento digitais no Brasil. A ideia de criar um sistema de pagamento instantâneo já existia há mais de 10 anos”, completou o presidente do BC.